Embratur vai focar em temas judaicos e militares

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Foto: Reprodução

Com um orçamento de US$ 120 milhões, a Embratur já definiu o que vai patrocinar neste ano. O projeto prevê bancar a produção de filmes como uma ficção estrelada por Sharon Stone a um musical sobre o Brasil na Broadway. O plano também inclui lançamento de roteiros alinhados com o governo Bolsonaro, focados em atrações judaicas e militares.

O planejamento estratégico formulado pelo presidente da agência, Gilson Machado, e sua equipe, mostra que a Embratur vai patrocinar o filme “Além do Paraíso”, protagonizado por Sheron Stone. “Ela é uma arqueóloga à procura do tesouro de Constantino que foi escondido. A ideia é que o filme dê visibilidade a vários destinos da costa do Nordeste, por conta do impacto do filme em nível global”, diz a peça. Segundo Osvaldo Matos, diretor de marketing da Embratur, a ficção já está em fase de pré-produção e as filmagens devem começar no primeiro semestre deste ano.

A agência também promete patrocinar um musical na Broadway. O documento diz que o espetáculo “irá relatar a história da música do Brasil, contornando todos os movimentos musicais e culturais”. O roteiro que mais agradou a cúpula da Embratur até o momento conta a história da cantora Carmen Miranda, que teria tido o corpo “congelado” e “descongelado” nos dias de hoje, narrando a história da música brasileira.

O projeto prevê ainda o lançamento dos roteiros “Brasil Judaico” e “militar”. No primeiro caso, o plano estratégico detalha a “elaboração de um livro com a história dos judeus e sua jornada no Brasil desde o descobrimento” e a “produção de documentário sobre os judeus com a criação de um roteiro turístico judaico no Brasil”. O plano inclui ainda a criação de parcerias com companhias aéreas que têm voos ligando Israel ao Brasil, com pacotes específicos para as atrações judaicas no país. No segundo caso, a agência pretende criar e divulgar pacotes turísticos com atrações militares, como fortes e academias das forças armadas.

— Vamos mostrar o Brasil que deu certo, tanto nos filmes quanto nos roteiros. Não vamos mostrar tráfico, violência, favela essas coisas que vinham sendo exportadas. A gente quer mostrar o que é bom. Não podemos vender as mazelas do Brasil, isso temos que resolver internamente. — disse Matos.

O Globo