Ex-mulher de Bolsonaro quer voltar à política
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A corrida por uma cadeira no Legislativo carioca nas eleições de 2020 poderá ser turbinada pela entrada de mais um Bolsonaro na disputa. Primeira mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de Carlos, Flávio e Eduardo, Rogéria Bolsonaro se prepara para voltar à política, após quase 20 anos. Filiada ao PSL desde 9 de março de 2018, ela trabalha atualmente na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) como assessora parlamentar do deputado Anderson Moraes, que integra a base bolsonarista no Legislativo fluminense.
Primeira pessoa da família que o presidente inseriu na política, Rogéria foi eleita vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por dois mandatos, entre janeiro de 1993 e janeiro de 2001 — quando, já separada de Bolsonaro, perdeu a cadeira em uma eleição na qual o filho Carlos foi eleito pela primeira vez, aos 17 anos. Agora, uma das possibilidades é que o filho que tomou seu lugar deixe de tentar a reeleição, o que abriria caminho para a volta de Rogéria à Câmara do Rio.
Nas últimas semanas, Rogéria manifestou a vontade de voltar à vida pública. “Se eu vou ser candidata ou não, ainda vai se resolver”, contou, em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle, em dezembro. Admitiu que Carlos tem vontade de “cuidar da vida dele” e que pode, sim, se afastar. Questionada sobre se tinha vontade de brigar por um novo mandato, respondeu sem pestanejar, balançando a cabeça afirmativamente. “Tenho”, e emendou que “gosta” de política.
Na mesma entrevista em que mencionou a vontade de retomar sua carreira na política, Rogéria deixou escapar que sempre atuou politicamente como um braço de sustentação ao ex-marido e que não se importava em ser vista como tal. “Eu tinha prazer (em ser vereadora) porque eu estava ajudando ele (Jair Bolsonaro), porque o gabinete funcionava como um ponto de apoio ao trabalho que ele fazia em Brasília”, explicou.