Irã: morte de general fortalece governo
Foto: Atta Kenare/AFP
Em novembro passado, o Irã foi sacudido por inusitados protestos. O preço do combustível aumentou 50% e sua compra foi limitada a 60 litros por pessoa. Quem ultrapassa o limite teria que pagar um preço 300% mais caro. Foi o suficiente para deflagrar inusitados protestos contra a ditadura religiosa que controla o país.
Nos protestos foram incendiados postos dezenas de postos de combustível, agências de bancos e repartições públicas. A internet foi bloqueada e oposicionistas ao regime foram presos. Estima-se que entre mil e quatro mil pessoas foram detidas na ocasião.
Com o recente ataque e morte do general Qassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária ganha força o discurso anti-americano, retira espaço dos oposicionistas ao regime e endurece a repressão interna.
Em tempo, Suleimani foi aquele que acusou as grandes potências de estimularem os protestos de novembro passado.