Marighella estreia em maio

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Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP

Atacado por Bolsonaro e apoiadores, “Marighella” já tem data oficial para estrear: 14 de maio. O anúncio foi feito hoje pela equipe do filme, dirigido por Wagner Moura e estrelado por Seu Jorge.

“Marighella” já tem data oficial para estrear: 14 de maio. O anúncio foi feito hoje pela equipe do filme, dirigido por Wagner Moura e estrelado por Seu Jorge. A produção, que inicialmente estava programada para chegar aos cinemas brasileiros em novembro do ano passado, teve sua estreia suspensa em setembro. Desde então, o longa ainda não contava com uma nova previsão de lançamento.

A cinebiografia conta os últimos anos de vida de Carlos Marighella, guerrilheiro que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil, na década de 1960. O filme teve passagem por Berlim, em fevereiro do ano passado, além de exibições em festivais menores, como em Goa, na Índia, e Bari, na Itália.

Em setembro do ano passado, a O2 Filmes, produtora responsável por “Marighella”, divulgou uma nota informando que não havia conseguido cumprir “todos os trâmites” exigidos pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Anteriormente, a produtora já havia recebido uma negativa da Ancine relativa a um pedido de reembolso no valor de R$ 1 milhão.

Desde que foi lançado no Festival de Berlim, há quase um ano, a distribuidora Paris Filmes vem sendo pressionada para lançar “Marighella” em circuito comercial. Durante sua passagem pela Berlinale, o próprio diretor, Wagner Moura, disparou: “Gostaria muito que o filme fosse lançado no Brasil o mais rápido possível”.

Em junho, foi divulgado que “Marighella” chegaria aos cinemas brasileiros em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O anúncio foi feito por Mário Magalhães, autor de “Marighella”, biografia que foi base para o roteiro do filme, assinado por Wagner Moura e Felipe Braga.

A trajetória de “Marighella”, antes mesmo de sua estreia, vem sendo marcada também por embates de carga ideológica, principalmente nas redes sociais. A cinebiografia já foi até alvo de uma campanha para que lhe fossem atribuídas notas baixas no “IMDb”, principal site de dados sobre cinema. Quando a Ancine recusou o pedido de reembolso feito pela O2 Filmes, a atitude foi comemorada por Carlos Bolsonaro, vereador do Rio e filho do presidente da República.

O Globo