Ministro da Saúde diverge de Damares sobre abstinência
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/Poder
Segundo a Folha de S. Paulo, Luiz Henrique Mandetta, responsável pelo Ministério da Saúde, diverge da colega Damares Alves (Direitos Humanos) sobre qual deve ser o foco da campanha contra gravidez precoce. Para ele, a ideia de que os adolescentes devem evitar transar é ineficaz e não pode ser a única política de combate ao problema. Damares tem defendido a abstinência sexual como principal solução.
“A mensagem do comportamento responsável é válida. É uma vida, é o afastamento da escola. Mas não se pode minimizar a discussão e dar ênfase só para isso. É um problema complexo. Tenho apostado muito em informar as consequências, porque acredito que esse seja um ponto essencial para a conscientização”, afirmou Mandetta.
O ministro disse ainda que questões religiosas não devem fazer parte da discussão. O documento do ministério de Damares cita como argumento pró-abstinência pesquisas que classificam a gravidez de jovens como motivos para afastá-los da família e da fé.
“As campanhas falarem sobre isso [iniciação sexual tardia], eu não vejo problema. O que não pode é que essa seja a nossa única política. Não pode ser nem a única, nem a principal”, acrescentou.
Mandetta tem reunião nesta terça (28) e deve decidir sobre como será o seguimento da campanha. A ideia é que ação saia na primeira semana de fevereiro.
Redação com Folha