Moro e Fux têm contas a prestar ao STF

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Muito antes de Sergio Moro se explicar pelo bandido amigo de seu chefe que ele acaba de poupar de “constrangimentos legais”, por assim dizer, o ministro da Justiça tem explicações a dar ao STF sobre outros temas, como a acusação de ter forjado condenações criminais.

O mês de janeiro de 2020 termina com notícia nada agradável para quem preza a lei, a notícia de que na lista de procurados pela lei composta pelo ministro Sergio Moro, não consta o nome de um miliciano amigo de filho do seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública não incluiu na lista dos mais procurados do Brasil o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado.

Mas essa é apenas a parte mais suave das explicações que Moro tem que dar. Muito pior do que isso é o que ele fez nos verões antecedentes. Como, por exemplo, o que ele fez ao julgar dezenas e dezenas de pessoas acusadas pela Operação Lava Jato.

Tudo isso começou a parecer distante quando alguém lembrou que, em 2020, no mês de setembro, um dos três despachantes de Sergio Moro no Supremo, Luiz Fux – outros dois são Fachin e Barroso – assumirá a Presidência do Tribunal no mês de setembro.

Porém, notícia recente mostra que Fux não virá salvar Moro de se explicar ao STF sobre condenações sem provas e conspirações políticas para derrubar governo federal, ministros do STF e prender ex-autoridades sob razões falsas.

Depois de derrubar uma decisão de Dias Toffoli no recesso, Luiz Fux virou alvo de ala de ministros que, furiosos consigo, falam em resgatar fatos desabonadores de Fux e de um ex-assessor para tentar inviabilizar a eleição dele a presidente do STF.

Fux e o assessor foram citados em delação premiada. O empresário Jacob Barata, o “rei dos ônibus” no Rio de Janeiro, afirmou que assessor de Fux teria recebido propina destinada ao chefe. Ministros do STF dizem que tais fatos impediriam Fux de ser presidente do Tribunal.

Sem  Fux na Presidência do STF, Sergio Moro vai ter que prestar todas as explicações que tem para prestar, sobre aliviar para milicianos para agradar o chefe e sobre prender ex-presidentes para agradar o chefe. E quem receberá essas explicações, exigirá respostas.


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