Sem Bolsonaro, Guedes vai a Davos tentar vender otimismo
Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro no evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, levará uma agenda otimista sobre o Brasil para este e os próximos anos ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. A ideia é dar um tom econômico à participação brasileira, com resultados positivos a apresentar.
Em outras áreas, como o meio ambiente, o governo Bolsonaro tem sido cobrado por organizações não governamentais (ONGs) e pelos países europeus.
Guedes terá apenas a companhia do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no evento, que ocorre entre os dias 21 e 24. O chanceler, Ernesto Araújo também não irá à Suíça. Segundo assessores próximos ao ministro, Guedes dirá que, ao contrário de 2019, o país está com a “casa arrumada” e aberto para receber investimentos estrangeiros.
O ministro apresentará uma lista de argumentos: a reforma da Previdência foi aprovada, e outras medidas que dependem do Congresso estão em andamento; os juros estão em 4,5% ao ano, menor nível da história; e o desemprego está em queda, chegando a 11,2%.
Medidas de simplificação nas relações de trabalho e a grande quantidade de projetos de concessões e privatizações também serão apresentadas. Além disso, o Brasil se prepara para abrir sua economia, reduzindo tarifas de importação, e vem fechando acordos importantes, como o firmado com a União Europeia em meados do ano passado.
Em dezembro, Paulo Guedes, convenceu o presidente que o fórum é o palco ideal para capitalizar a imagem do Brasil mostrando resultados da área econômica. Mas Bolsonaro nunca escondeu que se sente pouco à vontade para tratar de assuntos econômicos. Para justificar sua ausência, o Palácio alegou aspectos econômicos, de segurança e políticos.