Witzel faz pouco de água suja e malcheirosa
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O prazo de uma semana dado pelo governador Wilson Witzel para a melhora da qualidade da água fornecida pela Cedae terminou, mas moradores da capital e da Região Metropolitana seguem reclamando do cheiro e do gosto do líquido que sai das torneiras. Ontem, Witzel voltou a ser questionado sobre quando será resolvido o problema, que começou no início de janeiro, por causa da presença de geosmina no sistema do Guandu.
— Eu não sou químico, vou perguntar pra eles — disse.
Ao ser lembrado de que no último dia 22 ele havia dado o prazo de uma semana para a melhora das condições da água, Witzel se esquivou:
— Eu não, foi um químico. Só reproduzi o que ele falou.
E ao ser questionado sobre um novo prazo para normalização da situação, o governador, novamente, foi evasivo:
— Vou perguntar para ele (o químico).
O governador também negou os boatos sobre um suposto afastamento do presidente da Cedae, Hélio Cabral.
— A missão do Hélio é tornar a companhia eficiente para tornar o leilão de outubro atrativo, e ele iniciou um processo de organização. O conselho de administração tem avaliado positivamente — afirmou o governador, referindo-se ao futuro leilão de privatização da estatal.
Na quarta-feira, a Cedae começou a usar argila ionicamente modificada para reduzir o problema. A ideia é que, somada ao carvão ativado, ela diminua o gosto ruim. Enquanto o carvão é adicionado dentro da estação de tratamento, a argila é colocada ainda nos mananciais.