Bolsonaro inaugura rodovia federal que PT construiu

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Foto: Dnit

O projeto da Rodovia Federal BR-163 foi concebido no âmbito do Programa de Integração Nacional (PIN), instituído em 1970[1] pelo governo federal, cujo objetivo era implementar um plano de obras de infraestrutura econômica e social nas regiões Norte e Nordeste do país e, com isso, promover uma rápida integração dessas regiões à economia nacional.

A primeira etapa do programa seria constituída pela construção imediata das rodovias Transamazônica (BR-230) e Cuiabá-Santarém (BR-163). As obras da Transamazônica tiveram início ainda em setembro de 1970, enquanto as da Rodovia Cuiabá-Santarém começaram em 1971.

Assim, a BR-163, entre Cuiabá e Santarém, foi inaugurada em 20 de outubro de 1976 pelo presidente Ernesto Geisel, tendo a cerimônia de inauguração ocorrido no km 877 da rodovia, próximo à Cachoeira do Curuá, no Pará. A rodovia foi originalmente construída em terra, com a sua pavimentação, ainda que não total, ocorrendo posteriormente por trechos.

Após três décadas sem a devida manutenção, a BR-163 voltou a receber atenção do governo federal.

No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), foi idealizado o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Área de Influência da Rodovia BR-163, Trecho Cuiabá-Santarém (Plano BR-163 Sustentável).

Neste momento, mais uma vez, o governo federal elegia a recuperação e pavimentação do trecho como prioridade.

Em 2007, a recuperação e pavimentação do trecho Cuiabá-Santarém da BR-163 e a duplicação da BR-163-364/MT Rondonópolis – Cuiabá – Posto Gil foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A restauração, adequação e pavimentação do trecho entre Guarantã do Norte (MT), próximo à divisa entre Mato Grosso e Pará, e Santarém (PA), incluindo o acesso a Miritituba (BR-230/PA), com 1.024 km de extensão e investimento previsto de R$ 1,25 bilhão, inicial. Entre 2007 e 2014 foram investidos R$ 1,5 bilhões, e concluído 75% das obras. Em 2018, restavam 51 km a serem concluídos.

Na verdade, é isso que Bolsonaro está inaugurando.

Dos 707,4 quilômetros da BR-163/PA recuperados pelos governos Lula – Dilma, faltavam 51 quilômetros a serem asfaltados, divididos em dois lotes: três quilômetros, na Vila do Caracol, sob a responsabilidade da Construtora Agrienge; e 48 quilômetros em Moraes de Almeida, sob responsabilidade do Exército.

Airton Faleiro