Governo enviará forças armadas para o Ceará
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira um decreto de garantia da lei e da ordem (GLO) para que tropas federais possam atuar na segurança do Ceará, estado afetado por paralisação de policiais militares. Ele aproveitou para defender novamente a necessidade de o Congresso aprovar o excludente de ilicitude para que os militares em atuação numa GLO não venham depois a ser responsabilizados criminalmente.
— Acabei de assinar a GLO para Fortaleza. O governador preencheu os requisitos. Vou deixar bem claro uma coisa: a gente precisa do Parlamento para que seja aprovado o excludente de ilicitude. A minha consciência fica pesada neste momento, porque tem muito jovem de 21 anos de idade que está na missão. Uma missão que se aproxima de uma guerra. E depois, caso venha qualquer problema, pode ser julgado por lei de paz — disse Bolsonaro.
Segundo ele, os soldados precisam de retaguarda jurídica.
— Então temos que dar garantia jurídica, retaguarda jurídica para esse militar das Forças Armadas nessa missão. É irresponsabilidade nós continuarmos fazendo essa operação sem dar a devida garantia a esses integrantes das Forças Armadas — afirmou o presidente.
Em entrevista na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, Bolsonaro também foi questionado sobre a atitude do senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE). Na quarta-feira, Cid avançou sobre um grupo de policiais amotinados com uma retroescavadeira, sendo baleado em seguido.
— Acho que as imagens valem mais que milhões de palavras – disse Bolsonaro.