Protestos no Chile já duram 4 meses e podem aumentar
Foto: Pablo Sanhueza/Reuters
Segundo a Folha de S. Paulo, quatro meses após o início dos protestos que geraram desordem social no Chile, deixando 31 mortos e milhares de feridos, a rotina em Santiago ainda não se normalizou.
Algumas estações de metrô continuam fechadas, manifestações ainda acontecem, e a sociedade está polarizada. Além disso, tudo indica que em março os protestos serão retomados com força.
Uma semana depois do início da crise, a Folha conversou com moradores da capital chilena, que informaram como estavam a cidade e sua rotina em meio ao caos.
Um dos entrevistados foi o engenheiro de suporte de computação Rodrigo Valenzuela, 43. De acordo com ele, o que se sabe é que os protestos voltarão em março, após as férias. O problema, afirma, é que a única resposta do governo às reivindicações dos manifestantes foi o início de um processo para criar uma nova Constituição —a atual é da época da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
“Fora isso, a única coisa que o governo fez foi criar leis anti-saques e antiprotestos. Não há como voltar à normalidade, porque os abusos contra a população continuam”, diz Valenzuela.
Redação com Folha