Dólar fecha com o maior valor da história, a R$ 4,51

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Foto: IStock/Getty Images

No dia em que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, anunciou um corte extraordinário, numa reunião surpresa, nas taxas de juros, o dólar voltou a fechar em alta nesta terça-feira, 3. A moeda americana terminou o dia valendo 4,51 reais, no maior valor nominal já registrado na história do país — quando não se leva em conta a inflação. Foi o décimo dia consecutivo que o dólar ganhou valor sobre o real, desde a piora do cenário externo envolvendo o surto de coronavírus e as falas desastradas do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o câmbio e as empregadas domésticas.

No ano, o dólar acumula valorização de 12,4% em relação à moeda brasileira. Os resultados, já fora do controle, poderiam ser piores se não fosse a atuação do Banco Central, o BC, para controlar a alta da moeda ao injetar a moeda americana no mercado por meio de leilões de contratos de dólares com valores no futuro e a ação orquestrada de instituições monetárias ao redor do mundo para conter o avanço do câmbio. Os países-membro do G7 se comprometeram a realizar uma reunião para definir os próximos passos.

A reunião extraordinária do Fed ocorreu em meio aos temores envolvendo o espraiar do coronavírus. Em comunicado, a autoridade monetária disse que estava cortando as taxas em 0,50 ponto percentual, para uma meta de 1% a 1,25% ao ano.

“Os fundamentos da economia dos EUA permanecem fortes. No entanto, o coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica. À luz desses riscos e em apoio ao cumprimento de suas metas de máximo emprego e estabilidade de preços, o Comitê Federal de Mercado Aberto decidiu hoje reduzir a meta” para a taxa de juros, afirmou o Fed em comunicado.

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