Vice-governador do Texas diz que prefere morrer do que prejudicar economia

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Foto: Reprodução

Foi durante a discussão, no canal televisivo Fox News, dos efeitos do coronavírus nos Estados Unidos que o vice-governador do Texas, Dan Patrick, apresentou um argumento surpreendente: disse que preferia morrer a ver as recentes medidas de saúde pública prejudicarem a economia dos EUA. Mais, acredita este político republicano de 69 anos, que “muitos dos avós em todo o país” estarão de acordo com a sua opinião.

“A minha mensagem é: voltemos ao trabalho, voltemos à vida, sejamos espertos com isto. Nós, com mais de 70 anos, cuidaremos de nós mesmos”, disse o republicano à Fox News, no programa de Tucker Carlson, na noite de segunda-feira. “Não sacrifiquem o país. Não façam isso”, disse Patrick.

O responsável do estado do Texas disse que temia que as restrições impostas para prevenir o coronavírus possam acabar com a vida americana como ele a conhece e que está disposto a arriscar a morte para proteger a economia pelos seus netos.

“Sabe, Tucker, ninguém me procurou e disse: ‘Como cidadão sénior, você está disposto a arriscar a sua sobrevivência em troca de manter a América, que todos os americanos amam, para os seus filhos e netos?'” E deu a resposta. “Se essa é a troca, eu aceito.”

“Isso não me torna nobre, corajoso ou algo parecido. Apenas acho que há muitos avós por aí, neste país, a pensar como eu”, acrescentou.

O covid-19 tem efeitos potencialmente mortais sobre a população mais velha, em especial os que têm mais de 60 anos.

Estas declarações de Dan Patrick surgem numa altura em que Donald Trump já levantou preocupações sobre os danos que as medidas de prevenção estão a causar à economia dos EUA. O presidente norte-americano disse que estava ansioso para levar o país a regressar à vida normal o mais rápido possível e sugeriu que uma crise económica poderia resultar em mais mortes, através do suicídio, do que uma pandemia global.

Patrick, que faz 70 anos na próxima semana e tem seis netos, elogiou o foco do presidente na economia, assumindo que isso o deixou emocionado. “Não quero que o país inteiro seja sacrificado”, disse o político texano. “Conversei com centenas de pessoas e todos dizem praticamente a mesma coisa: não podemos perder todo o país. Estamos perante um colapso econômico.”

Diário de Notícias