Imprensa estrangeira está linchando Bolsonaro sem dó

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Economist

O serviço de notícias Deutsche Welle reproduziu vídeo em que o humorístico Extra 3, da TV alemã NDR, “ridiculariza” o presidente brasileiro.

“É espantosa a quantidade de virologistas que temos na Alemanha neste momento, uma loucura”, diz o quadro, sobre os que falam ser “só uma gripe”. Sugere que se formaram na “Universidade Bolsonaro de ensino à distância, em Brasília”, onde as disciplinas são “Facebook e Twitter”.

A mesma DW entrevistou um consultor de empresas, Ian Bremmer, para quem, “no plano internacional, Bolsonaro virou motivo de chacota”.

E a nova Economist traz charge do presidente com a cabeça enfiada na bandeira do Brasil, com a imagem do coronavírus no lugar do círculo azul. Mas no texto a revista britânica denuncia sua “negligência com a vida dos brasileiros” e “sabotagem ativa da saúde pública”, citando “sinais de insanidade”.

A revista Salon, mais tradicional veículo americano de internet, de 1995, vai além e pergunta, no título: “Jair Bolsonaro é o novo Jim Jones?”. O brasileiro usa a mesma “retórica de culto à morte” do líder fanático que levou mais de 900 seguidores ao suicídio coletivo na Guiana, em 1978.

A Vogue Italia chega às bancas nesta sexta (10) com a capa toda em branco (acima) pela primeira vez. “Em tempos como estes, uma capa silenciosa diz muito mais do que qualquer palavra ou imagem”, explica Ferdinando Verderi, diretor criativo da revista.

A agência americana Associated Press despachou longa entrevista com Lula, reproduzida por New York Times e Washington Post, entre outros, com o enunciado “Lula diz que Bolsonaro é um desastre na pandemia”.

Segundo o ex-presidente, “o Brasil pode precisar imprimir dinheiro” para salvar empresas e evitar caos social: “Quem precisa de liquidez neste momento são os pobres, para comprar sabonete, não o sistema financeiro”.

Folha de S. Paulo