Confiança de Lula tem motivo

Lula acaba de dizer publicamente que ele e seu partido estão “se preparando para voltar” na próxima eleição. E razões para achar isso não faltam. A oposição nem começou a jogar.

Apesar de pesquisas estarem mostrando que a aprovação a Bolsonaro está estabilizada no mesmo patamar de 1/3, mas com viés de alta, a situação para ele é menos rósea do que parece.

Não há surpresa em Bolsonaro liderar essas pesquisas para 2022 porque o índice de apoio é dos mesmos cerca de 30% da população que o apoiam faz tempo. Em segundo lugar, por ele estar jogando sozinho nesse campo e com toda visibilidade inerente ao cargo.

O fato é que Bolsonaro está desfrutando do mesmo fenômeno que beneficiou seu homólogo Donald Trump, nos EUA, quando a pandemia, por lá, estava no mesmo estágio de “reabertura” que temos experimentado. Em março, a popularidade de Trump também estava crescendo

Contudo, a condução que ele faria da pandemia, dali em diante, promovendo a reabertura do país através de pressão a governadores, bem como os protestos contra o racismo, fizeram sua popularidade despencar mais adiante e, hoje, ele está em queda livre e atrás do principal adversário na corrida presidencial.

Bolsonaro está no mesmo caminho. Afinal, a pandemia está começando a sofrer os efeitos do relaxamento na quarentena e reabertura indiscriminada da economia que os governadores e prefeitos estão promovendo por conta das pressões de Bolsonaro, ou seja, para não perderem popularidade

É nesse momento que entra Lula em cena. As pesquisas recém-divulgadas mostram que a soma dos adversários de Bolsonaro é muito superior ao apoio dele, que não só não é tão grande como deve começar a cair nos próximos meses.

“O PT ressurge no cenário político. O trabalho que estamos fazendo demonstra que o PT está mais vivo do que nunca”, diz Lula

O que falta, a gora, é a oposição começar a jogar e, além disso, tomar as decisões que precisam ser tomadas. Ou seja: se unir. Esquerda, centro-esquerda e centro-direita

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