Olavo é acusado de fraude por alunos de “curso”

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Foto: Reprodução

Um novo ingrediente piora ainda mais a maré negativa de Olavo de Carvalho. Há três semanas, ele foi obrigado a depositar em juízo 65 966 reais por ter perdido a ação de dano moral movida por Caetano Veloso. Além disso, vendeu uma de suas casas na Virgínia e seus advogados recorrem da multa de 2,8 milhões de reais por não ter cumprido a ordem judicial para deletar um total de seis posts caluniosos contra o cantor baiano. Agora, o guru bolsonarista tem que lidar com as reclamações de seus pupilos em relação aos seus cursos online.

Foram dezessete queixas em junho pelo site Reclame Aqui. Antes disso, desde o começo do ano, apenas quatro reclamações haviam sido registradas e, nos anos anteriores, quase nenhuma: 2 (2019) e 1 (2018). A maior parte das reclamações recentes dizem respeito a pagamentos feitos sem a contrapartida das aulas. “Fiz o pagamento do curso conceitos fundamentais da psicologia, o pagamento já foi aprovado, mas não recebi o acesso”, escreveu um potencial aluno de Betim, Minas Gerais. “Fiz o pagamento do curso, na forma trimestral, há quase um mês. Até o presente momento não tive a liberação das aulas”, escreveu outro de Fortaleza. A Olavo de Carvalho Produções não tem o hábito de responder às queixas dos alunos no site Reclame Aqui, como faz a maior parte das empresas.

Estar em baixa com clientes de seus cursos não é um bom negócio. Conforme reportagem de VEJA revelou, Olavo apresentou sua declaração de imposto de renda de 2018, referente aos ganhos de 2018, como forma de pedir à Justiça gratuidade dos custos processuais na batalha que enfrenta contra Caetano Veloso. Boa parte da renda de Olavo de Carvalho vem justamente do dinheiro depositado no Brasil pelos alunos que compram suas aulas de filosofia, com nomes como “consciência de imortalidade” e “formação de personalidade”, ambas por 400 reais.

Em 2017, Olavo declarou ter encerrado o ano com uma dívida de 351.577,58 reais em banco, valor superior ao de seus ganhos no período. Ele declarou ter recebido 87.565,25 reais pela venda de seus livros, da Editora Record. Já a comercialização de seus cursos online teve um resultado melhor: 106.599,89 reais, pagos pela Cedet Centro de Desenvolvimento Profissional.

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