MP de SP vai pra cima do PCC

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O Ministério Público de São Paulo, em atuação conjunta com a Polícia Militar, cumpre na manhã desta segunda-feira 40 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva contra a principal facção criminosa paulista que atua dentro e fora de presídios ao redor do país.

A operação tem como alvos criminosos que teriam assumido o controle da facção após a ida de algumas de suas principais lideranças para presídios federais no ano passado. A investigação começou em 2018, após a prisão de um criminoso apelidado de Tubarão. Ele era responsável pelo setor financeiro da facção e, com ele, foram apreendidos diversos documentos e planilhas de contabilidade do grupo criminoso.

Após a extração dos dados, os promotores conseguiram vincular parte desse material à nova liderança da facção, designada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, atualmente preso na penitenciária de segurança máxima em Brasília. Outras lideranças foram enviadas para um presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

A operação também tenta desarticular operações de lavagem de dinheiro no Paraguai. Segundo o Ministério Público, as provas colhidas revelaram que a cúpula da facção comanda sistemática que movimenta mais de R$ 100 milhões anualmente, quantia decorrente, primordialmente, do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, tudo com rigoroso controle em planilhas.

“As investigações revelaram a cadeia logística do tráfico de drogas da facção, bem como a sucessão entre suas principais lideranças à frente da fonte de maior renda da organização criminosa, indicando, ao final, a participação de 21 pessoas, algumas presas durante a apuração”, afirmou o MP.

Alguns dos criminosos que são alvos de mandados de prisão já se encontram presos. O restante dos suspeitos, além de documentos e objetos apreendidos durante a operação, serão levados para a sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em São Paulo.

A investigação foi realizada por uma força-tarefa formada por integrantes do Ministério Público de diversos estados.

O Globo