The Economist declara apoio a Biden na capa

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Foto: Reprodução

A revista The Economist anunciou, nesta quinta-feira, seu endosso à campanha do candidato democrata à Presidência dos Estados Unido, o ex-vice Joe Biden. A publicação usou a capa da edição desta semana para declarar o apoio. O título escolhido para o editorial foi: “Porque tem que ser Biden”.

A publicação justifica sua escolha pelo democrata criticando o governo do presidente americano, Donald Trump, que tenta a reeleição neste ano. O texto começa afirmando que o país que elegeu Trump em 2016 “estava infeliz e dividido”. “O país para o qual ele pede a releição está mais infeliz e dividido”, continua.

A The Economist afirma ainda que a vitória de Trump dará aval um cenário político extremamente polarizado, fomentado por “intrigas, disputas e mentiras”, que é de responsabilidade, segundo diz, do próprio presidente.

“Após quase quatro anos de sua liderança, a política está ainda mais irritada do que antes e o partidarismo ainda menos constrangido. O cotidiano é consumido por uma pandemia que já causou quase 230 mil mortes registradas em meio a intrigas, disputas e mentiras. Muito disso é obra do Sr. Trump e sua vitória em 3 de novembro endossaria tudo isso”, diz o editorial.

Ao apoiar Biden, a revista, no entanto, afirma que o democrata não é “uma cura milagrosa para o que aflige os Estados Unidos”, mas que ele é a “antítese de Trump”.

“Ele é um bom homem que restauraria a firmeza e a civilidade à Presidência. Se ele fosse eleito, o sucesso não seria garantido — como poderia ser? Mas ele entraria na Casa Branca prometendo o presente mais precioso que as democracias podem oferecer: a renovação”, escreveu a publicação.

A The Economist não é a primeira revista a declarar seu apoio a Biden. A britânica Nature anunciou que endossaria a campanha do democrata, em meados de outubro, assim como Scientific American, uma das mais notórias do mundo no ramo científico e que rompeu a neutralidade política que tinha desde sua criação, há 175 anos.

Nesta quinta-feira, tanto Trump quando Biden marcaram comícios em Tampa, na Flórida, um dos principais estados para vencer a eleição no Colégio Eleitoral. De acordo com a média de pesquisas no estado, feita pelo site Real Clear Politics, os dois aparecem com uma margem de quase 2 pontos percentuais de diferença, com o democrata à frente, com 48,3%.

O Globo