Wajngarten e Ricardo Salles viram “sombras” de Russomanno

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Foto: Gustavo Schmitt / Gustavo Schmitt

Repetindo um expediente já adotado algumas vezes durante a campanha municipal em São Paulo, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participaram ontem da agenda do candidato à prefeitura paulistana, Celso Russamanno (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Durante boa parte desta segunda-feira, os dois estiveram reunidos a portas fechadas com o candidato. Wajngarten e Salles são os dois representantes do governo federal que mais aparecem ao lado de Russomanno.

O secretário já foi visto em outras quatros agendas do candidato. Na reunião no Republicanos no final do mês passado, por exemplo, quando foi acertada a contratação de Elsinho Mouco como marqueteiro. Ele também esteve, ao lado de Russomanno, em uma missa do Padre Marcelo Rossi. Na última quinta-feira, Wajngarten esteve também num jantar com empresários em torno do candidato em um restaurante nos Jardins.

Já Ricardo Salles esteve com Russomanno no aeroporto de Congonhas, no início do mês, quando Bolsonaro tornou público o seu apoio ao candidato do Republicanos. Na ocasião, Wajngarten também esteve presente.

Desta vez, Salles afirmou que tratou com o candidato questões sobre a despoluição do rio Pinheiros:

– Falamos só sobre a questão da despoluição do Rio Pinheiros, que é um desafio para a cidade e um programa fundamental, que merece o apoio do governo federal. A prefeitura terá quer ter um papel importante junto do governo federal e estadual – afirma Salles.

Questionado sobre a razão de sua presença na campanha de Russomanno num horário em que deveria estar a serviço do cargo no ministério, Salles disse que a conversa seria em nome do seu compromisso com a despoluição do rio:

– Estou numa agenda regular. Converso com gente de todos os espectros. Aqui é uma questão de importância ambiental para todos – disse o ministro, que não tem na sua agenda ainda encontros com os demais candidatos para tratar do mesmo assunto.

Wajngarten, por sua vez, preferiu não comentar a razão que o levou a estar na agenda do candidato a prefeito. Mas a campanha do candidato disse que o secretário-executivo do ministério das Comunicações estava lá na condição de “apoiador e amigo”.

Russomanno, por sua vez, destacou que o diálogo com Salles é fundamental porque os recursos para a despoluição do rio seriam repassados pelo governo federal.

– Seria impossível fazer a despoluição do rio Pinheiros sem verba do governo federal. E a gente vai atrás disso – concluiu.

O Globo