Boulos comemora

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Foto: Ronaldo Silva/Futurapress

Derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) disse ter saído vitorioso das urnas e afirmou que um novo ciclo se inicia a partir destas eleições. Apesar de ter ficado em segundo lugar, Boulos tornou-se a principal liderança de esquerda de São Paulo e projetou-se nacionalmente, ao construir uma ampla frente progressista para apoiar sua candidatura. Agora, tanto Boulos quanto o Psol planejam voos mais altos.

Em suas primeiras palavras depois de assumir a derrota para o prefeito reeleito, Bruno Covas (PSDB), Boulos indicou que seus planos são nacionais. “Vou trabalhar a partir de agora para o que a gente conseguiu construir e unir aqui em São Paulo sirva de inspiração para o Brasil, para ajudar a derrotar o atraso e o autoritarismo”, afirmou, em um pronunciamento transmitido pela internet. “Nessa campanha, não construímos apenas uma onda de esperança deste domingo. Nós construímos muito mais, apontamos para o futuro.”

O candidato agradeceu aos mais de 2,1 milhões de votos recebidos e reforçou que esta não será sua última disputa eleitoral. “Os mais de 2 milhões de voto são a energia para a gente seguir lutando”, afirmou Boulos. “Hoje não é o fim de uma caminhada. É o começo”, disse o jovem líder do Psol, com 38 anos. “Olhando para a história e para o futuro, não tenho dúvida alguma de que apesar de a gente não ter ganho essa eleição, a gente saiu vitorioso. É o início de um ciclo que se anuncia.”

No segundo turno, Boulos teve 40,62% dos votos válidos, ante os 59,38% de Covas. A chegada ao segundo turno em São Paulo, com apenas 17 segundos na propaganda eleitoral no primeiro turno, representou uma das maiores conquistadas do Psol em seus quinze anos de existência. Na capital paulista, o melhor desempenho do partido foi em 2016, quando a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina – e vice nesta eleição de Boulos- recebeu 184 mil votos (3,18%). A votação de Boulos nesta eleição foi muito maior do que ele próprio recebeu em todo o país na eleição de 2018, quando disputou a Presidência. Foram 617,1 mil votos no país e na capital, 76,9 mil.

Politicamente, o ganho foi ainda maior. Boulos construiu no segundo turno uma aliança com PT, PCdoB, PDT, PSB e Rede, com apoio de lideranças nacionais como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A campanha não deu protagonismo a nenhuma dessas lideranças, especialmente a Lula. Boulos procurou a campanha toda não se vincular nem a Lula nem ao PT, evitando o desgaste da legenda.

O candidato agradeceu a parceria com Erundina, com 85 anos, e destacou seu apoio junto aos jovens. Em seu pronunciamento, Boulos disse que continuará lutando para melhorar a vida de quem mora na periferia e afirmou que apesar de o prefeito ter sido reeleito, isso não significa “um cheque em branco”. “Nós vamos fazer o nosso papel de cobrar e fiscalizar”, disse. A candidatura de Boulos ajudou a alavancar o Psol na Câmara Municipal. O partido triplicou a bancada, de dois para seis vereadores.

Diagnosticado com covid-19 na sexta-feira, Boulos está em quarentena em sua casa e ontem não pode votar. A doença fez com que fosse cancelado o debate na TV Globo na sexta-feira, uma das apostas do Psol para conquistar votos às vésperas da eleição. No sábado, o candidato apresentou febre, mas ontem estava bem. O contato com os apoiadores foi à distância, do terraço da casa. Ontem, ao lado da esposa Natalia, e segurando uma bandeira com os dizeres “Lute como quem sonha”, Boulos reforçou o lema de esperança da campanha. “A todos que semearam esperança, que semearam amor, a gente vai ganhar. A gente vai vencer. Não foi nesta eleição, a gente vai vencer.”

Valor Econômico

 

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