Boulos cresce, descola de França e encosta em Russomanno

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A disputa por uma vaga no segundo turno nas eleições de São Paulo ficou mais acirrada, mostra pesquisa XP-Ipespe divulgada em primeira mão pelo Valor. O prefeito Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, segue na liderança, posição assumida pelo tucano na semana passada, agora com 26%. Em seguida, aparecem Celso Russomanno (Republicanos) e Guilherme Boulos (Psol), tecnicamente empatados um com o outro. Russomanno tem 19% e Boulos, 15%.
O ex-governador Márcio França (PSB) vem na sequência, com 10%. França é o único entre os candidatos pesquisados a apresentar uma oscilação positiva na comparação com a semana passada – ganhou dois pontos percentuais. O movimento coloca o ex-governador mais próxima da disputa no segundo turno com Covas. A dúvida no entanto, é se há tempo para que França avance o suficiente até o dia da eleição, em 15 de novembro, aponta o estrategista e analista político da XP Victor Scalet.
A pesquisa mostra o aprofundamento da trajetória de queda de Russomanno, que perdeu outros três pontos percentuais em uma semana. O candidato do Republicanos liderou a corrida durante um mês e chegou a ter 28% da preferência do eleitorado, em 14 de setembro. Desde então, Russomanno só desidratou. A expectativa de que ele vencesse, que atingiu 30%, hoje é de 19%. Russomanno passou pelo mesmo fenômeno nas outras duas vezes que disputou a Prefeitura de São Paulo, em 2012 e 2016.
O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, analisa que o cenário é de estagnação, já que houve apenas pequenas oscilações de uma semana para a outra. Lavareda pondera que podem acontecer mudanças de última hora. A pesquisa perguntou aos eleitores em que momento eles tomam a decisão definitiva sobre em quem votar para prefeito. Somam 35% aqueles que responderam que só batem o martelo há alguns dias ou no dia da votação.
“As pessoas estão se preparando para as decisões feitas na última semana da campanha, quando podemos esperar movimentos mais significativos”, afirma o cientista político. No caso da escolha de vereador, o índice de decisão com apenas alguns dias de antecedência é de 42%.
Victor Scalet, da XP, destaca que a estabilidade do quadro favorece quem está na frente, no caso, o prefeito Bruno Covas. Como vem acontecendo desde o início da série de pesquisas XP-Ipespe, a avaliação positiva da gestão cresce e impulsiona, gradativamente, as intenções de voto no atual prefeito. “Para quem está sentado na cadeira disputada, tão importante quanto a intenção de voto é a avaliação positiva”, afirma Lavareda.
A chance de crescimento de Márcio França pode estar no potencial dele como adversário de Covas em um eventual segundo turno. Nos cenários testados pela XP-Ipespe, França tem desempenho melhor que Boulos contra o prefeito e quase igual ao de Russomanno. Se o segundo turno fosse entre Covas e França, o prefeito teria 50% e o ex-governador, 32%. Se fosse entre Covas e Boulos, o placar ficaria 50% a 28%. E, entre Covas e Russomanno, 49% a 32%, sendo que o candidato do Republicanos vem em queda nessa simulação semana a semana.
“Se França conseguir mostrar que tem fôlego para vencer o prefeito no segundo turno, pode se favorecer no primeiro turno de um voto estratégico”, diz Victor Scalet. “Dados da pesquisa indicam que França teria mais capacidade de agregar forças em um segundo turno do que Boulos. O índice de rejeição de França, por exemplo, é mais baixo.” O candidato do Psol tem rejeição de 52%, já o do PSB, de 44%. Além disso, 15% diz que votará em Boulos com certeza e só 12% que poderia votar nele. Já quando o candidato é França, 10% votaria com certeza mas 33% afirma que poderia votar no ex-governador.
A pesquisa aponta uma oscilação para cima dos votos em branco e nulos (de 10% para 12%) e das pessoas ainda indecisas (de 3% para 6%). Para Antonio Lavareda, essas mudanças estão dentro da margem de erro e não indicam ainda aumento da abstenção. Apesar da pandemia, 82% das pessoas dizem que irão comparecer com certeza para votar. Uma fatia de 10% vai decidir de acordo com a situação epidemiológica e 7% não irá por receio do coronavírus.
A pesquisa Ipespe encomendada pela XP Investimentos ouviu 800 pessoas da cidade de São Paulo em entrevistas telefônicas, entre 2 e 3 de novembro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é SP-00875/2020.
Valor Econômico
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