Boulos trará Bolsonaro para o 2o turno

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Foto: Reprodução/ Correio Braziliense

O presidente Jair Bolsonaro segue presente na disputa do segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, ainda que seu candidato, Celso Russomanno (Republicanos), tenha sido fragorosamente derrotado. A estratégia do candidato do Psol, Guilherme Boulos, de nacionalizar a disputa e tentar transformar sua candidatura numa espécie de laboratório nacional da esquerda já obrigou o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), a responder ontem sobre o que pensa em relação a Bolsonaro.

Boulos tenta relembrar os vínculos dos tucanos com Bolsonaro, num passado recente, em especial o do governador João Doria. O apoio de Russomanno a Covas, declarado na terça-feira, deu ainda mais munição ao candidato da esquerda.

“Russomanno fechou com [Covas] ontem. É a reedição do BolsoDoria na cidade. O Russomanno apoiado pelo Bolsonaro, o Covas apoiado pelo Doria. Eles se merecem”, afirmou. A ênfase com que Boulos cita Doria já fez até o governador reagir: “Ele disputa a prefeitura, não o governo de São Paulo”, criticou.

“Aqui começa a derrota de um projeto do atraso, aqui começa a derrota do bolsonarismo. Aqui começa a derrota de João Doria”, provocou Boulos ontem, em cima de um pequeno carro de som, em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo. Em entrevista a jornalistas, disse que o apoio de Russomanno a Covas é “o BolsoDoria versão 2020”. “Essa aliança que estava uma pouco separada por razões eleitorais, por projetos pessoais, se refez. Bruno Covas é João Doria e o Russomanno é Bolsonaro.”

Um post do prefeito, em 27 de março de 2019, em que faz selfie ao lado de Bolsonaro, Doria e o hoje ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, foi relembrado ontem nas redes. Ao ser questionado sobre o que acha de Bolsonaro, ontem, Covas enfatizou que está politicamente distante do presidente. “Anulei meu voto na eleição presidencial de 2018 por não ver no Bolsonaro nenhum discurso que agregasse valores democráticos à campanha dele. Me posicionei em vários momentos contrário a ações dele”, disse o tucano.

O youTuber Felipe Neto pediu votos para Guilherme Boulos e também acusar Covas de representar o bolsonarismo. Sem mencionar o alinhamento que o PSDB teve na campanha de 2018 com o bolsonarismo, inclusive com o voto “BolsoDoria” pregado pelo governador tucano, Covas disse, apenas, que não é biruta de aeroporto e que não muda de posição conforme o vento.

“Mantenho meu posicionamento, contrário a vários posicionamentos dele [Bolsonaro], seja na área de direitos humanos, seja na área ambiental, área da cultura. Não vou mudar para ganhar eleição ou ganhar apoiador”, disse o prefeito.

Sobre o apoio de Russomanno e do Republicanos, Covas disse que se trata de uma aliança programática e que foi negociada com o deputado federal da legenda, Marcos Pereira. “Ele [Russomanno] teve 10% dos votos aqui. Não há nenhum problema em agregar apoio neste segundo turno, até porque são apoios programáticos, em cima do programa de governo para a cidade de São Paulo. Não mudo o meu posicionamento e não mudo o meu jeito de pensar, e nem meu jeito de fazer política. O apoio foi costurado com Marcos Pereira, presidente do Republicanos.” Russomanno aderiu à campanha tucana, disse Covas, “sem nem um tipo de participação costurada, secretaria ou algo assim”. “Aderiram porque acham a nossa campanha com as melhores propostas”, justificou o candidato à reeleição.

Boulos articula uma frente com presença de lideranças nacionais e locais da esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e governadores como o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

PT, PCdoB, PDT e Rede já declararam apoio ao Psol. Hoje, o PSB deve entrar na campanha também. Ainda não há definição se o candidato do PSB, Márcio França, derrotado no primeiro turno vai declarar apoio ou se ficará neutro. O partido, no entanto, deve ir com Boulos.

“O que estamos fazendo aqui não é aliança de conveniência”, disse Boulos ontem. “Não é mais a campanha do Psol. Hoje tem uma representação muito maior na cidade.”

Valor Econômico

 

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