Mourão diz que Bolsonaro não ameaçou EUA com “pólvora”

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Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/03-11-2020

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta quarta-feira a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “apenas na diplomacia não dá” para proteger a Amazônia e que “tem que ter pólvora”. Apesar da fala de Bolsonaro ter sido um recado indireto ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, Mourão disse que tratou-se de um “aforismo” e de uma “figura de retórica”.

— Acho que ele se referiu a um aforismo antigo que tem aí que diz que, quando acaba a diplomacia, entram os canhões. É isso que ele se referiu — disse o vice-presidente, ao chegar no Palácio do Planalto.

Mourão disse que não acredita que a declaração terá consequências:

— Acho que não causa nada. Isso aí tudo é figura de retórica, vamos aguardar, dê tempo ao tempo. Eu já falei isso para vocês várias vezes, vamos ter calma

Já sobre o fato de Bolsonaro continuar sendo um dos poucos líderes mundiais a não parabenizar Biden, o vice-presidente não quis comentar:

— No comment. Sem comentários.

Na segunda-feira, Mourão havia dito que Bolsonaro vai parabenizar o vencedor da disputa “na hora certa” e que o Brasil precisa ser “prudente”.

Na terça, Bolsonaro disse diante de uma plateia de empresários do setor de turismo que “um grande candidato a chefe de Estado” havia falado recentemente que iria impor barreiras comerciais contra o Brasil se ele não apagar o fogo na Amazônia.

— Todo mundo que tem riqueza não pode dizer que é feliz, não. Tem que tomar cuidado com a sua riqueza. Está cheio de malandro de olho nela. O Brasil é um país riquíssimo. Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo — declarou o presidente.

No primeiro debate entre Biden e Trump, no último dia 30 de setembro, o então candidato democrata tocou em um dos pontos centrais de seu plano de governo, a questão climática, e citou o Brasil ao mencionar o papel de liderança que os Estados Unidos deveriam assumir no tema.

— A Floresta Amazônica no Brasil está sendo destruída, arrancada. Mais gás carbônico é absorvido ali do que todo carbono emitido pelos EUA. Eu tentarei ter a certeza de fazer com que os países ao redor do mundo levantem US$ 20 bilhões e digam (ao Brasil): “Aqui estão US$ 20 bilhões, pare de devastar a floresta. Se você não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas — afirmou o então candidato democrata, sem entrar em detalhes sobre que consequências seriam essas.

Na época, Bolsonaro disse que o Brasil não aceitaria “subornos” e classificou a declaração como “lamentável”.

O Globo

 

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