PSOL pretende liderar “renovação da esquerda”, diz presidente

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Foto: Reprodução

Para o historiador e cientista político Juliano Medeiros, presidente nacional do PSol, o desempenho do partido nas eleições municipais — disputará o segundo turno das prefeituras de São Paulo e Belém, no próximo dia 29 —, além de ter o vereador mais votado do Rio de Janeiro (Tarcísio Motta), não é surpreendente. Isso porque, conforme lembra, a legenda vem colhendo resultados cada vez mais consistentes nas últimas eleições. Apesar de exultar com o resultado obtido no último domingo, Juliano lamenta não ter chegado ao segundo turno em capitais como Belo Horizonte e Florianópolis, onde fizeram grandes campanhas. Sem querer projetar planos para 2022, para o dirigente é preciso, primeiro, confirmar os resultados obtidos por Guilherme Boulos e Edmílson Rodrigues para, depois, afinar a unidade da opinião para barrar os projetos do presidente Jair Bolsonaro à reeleição.

Qual é a avaliação do PSol sobre o desempenho do partido nas eleições?
O PSol tem tido resultados cada vez melhores nas últimas eleições. Em 2018, fomos o partido de esquerda que mais cresceu, dobrando nossa bancada na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas. Em 2020, crescemos cerca de 35% no número de vereadores, com a eleição de dezenas de mulheres, negros e negras, jovens e LGBTs. Com isso, o PSol se consolida como o partido da renovação da esquerda no Brasil. A chegada ao segundo turno, em Belém e em São Paulo, a maior metrópole da América do Sul, mostra que nos consolidamos.

Os números corresponderam às expectativas do partido?
Estamos muito satisfeitos com o resultado. Mas, dirigentes partidários como eu, sempre acham que podemos ir melhor. Nos ressentimos de não ter chegado ao segundo turno em cidades importantes, como Belo Horizonte, Florianópolis, entre outras, onde fizemos campanhas grandes, que geraram muitas expectativas. Mas o PSol, sem dúvida, cresceu muito e saiu credenciado para liderar um processo de renovação da esquerda no Brasil.

São Paulo é a prioridade do segundo turno? Qual será a estratégia?
Temos dois desafios no segundo turno: Belém e São Paulo. Em Belém, terminamos o primeiro turno na frente e nossa expectativa é confirmar a vitória contra o candidato apoiado por (Jair) Bolsonaro. Em São Paulo, a campanha de Boulos e (Luiza) Erundina gerou uma enorme onda de esperança. Será uma campanha duríssima, com um adversário poderoso, mas estamos confiantes. Nossa estratégia passa por mostrar a diferença de projetos: de um lado, Boulos e Erundina, duas lideranças políticas comprometidas com os direitos sociais, com a democracia, com a mudança; de outro, o tucanato paulista, um projeto elitista, conservador, aliado de Bolsonaro na retirada de direitos. Demarcar projetos, essa é nossa prioridade.

Como fica a relação do PSol com as outras legendas de esquerda depois do resultado do último domingo?
Temos mantido uma boa relação com os demais partidos de oposição e esperamos que continue assim. Sabemos que o PSol não pode enfrentar sozinho os retrocessos que ameaçam o Brasil. Mesmo com diferenças entre nós, a unidade nesse momento é uma necessidade.

Como o PSol pretende se posicionar em relação a 2022?
Primeiro, precisamos confirmar as vitórias de 2020. Em seguida, aprofundar a unidade de oposição para barrar os ataques de Bolsonaro à democracia e aos direitos sociais. Por fim, pensar um projeto para o Brasil que enfrente a profunda crise que vivemos.

O PT e o bolsonarismo perderam o protagonismo?
O PT é o maior partido da oposição, seja em número de filiados, seja em número de parlamentares. Mas é natural que essa hegemonia seja questionada por outras forças de esquerda. Faz parte da disputa de projetos que existe. Quanto ao bolsonarismo, penso que ele é o grande derrotado das eleições deste ano.

Quais os planos para o PSol para Brasília? Candidatura própria na eleição majoritária de 2022?

Essa é uma discussão que os companheiros e as companheiras do PSol farão em Brasília. Apoiaremos qualquer decisão que tomarem.

Correio Braziliense

 

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