Cunha usa livro para ajudar Bolsonaro a eleger Lira

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Foto: Reprodução/ Internet

Aliado do líder do PP e candidato, Arthur Lira (AL), o ex-presidente da Camara Eduardo Cunha (MDB-RJ) tentou influenciar na eleição para a presidência da Câmara com a divulgação de parte do livro que lançará sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em que faz acusações contra o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu escolhido para a disputa, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

Cunha diz que Maia e Baleia tiveram papel preponderante no impeachment, apesar de agora fazerem uma aliança com o PT e os demais partidos de oposição contra o governo Bolsonaro, numa iniciativa que pode reduzir os votos dele na esquerda. Ele ainda acusa Baleia de quebrar um acordo proposto para salva-lo da cassação, em que ele renunciaria à presidência da Câmara em troca de seu processo voltar à etapa inicial. Lira é justamente conhecido por manter sua palavra e foi um dos dez deputados que votou contra a cassação de Cunha.

O livro deve ser lançado em abril e está em processo de revisão, mas parte do conteúdo foi divulgado no sábado pela revista “Veja” e a introdução, com citações diretas a Maia e Baleia “pelo protagonismo alcançado agora”, saiu no jornal “Folha de S. Paulo” ontem, seis dias antes da eleição para a presidência da Casa, que ocorrerá em 1º de fevereiro.

Baleia não comentou o conteúdo do livro e criticou ontem, durante viagem a Recife, a divulgação. “Eu acho que o ex-deputado Eduardo Cunha deveria estar mais compenetrado na sua defesa e não fazendo qualquer tipo de análise política e muito menos campanha para o meu adversário”, afirmou.

Já Lira rebateu dizendo que Baleia adota a “infeliz tática de desviar a atenção do conteúdo e não rebater os fatos narrados” nas 740 páginas do livro e negou relação com a divulgação antecipada de trechos. “Eu também devo ser citado no livro. Vou dizer o que? Que é um complô do Baleia contra mim? Vamos deixar de baixaria, por favor”, afirmou.

Apesar de movimentar os bastidores políticos ontem e resultar em troca de acusações, aliados dos candidatos veem pouca influência do livro na disputa pelo comando da Câmara.

Entre os apoiadores menos entusiasmados de Lira, a proximidade com Cunha é minimizada e o discurso é de que não haverá mudança no voto. Dizem que a relação já era conhecida e que opinião do ex-presidente da Câmara tem pouca influência. Grande parte do que foi o grupo do emedebista já está com o líder do PP e a eleição se transformou numa disputa entre o governo Bolsonaro e a oposição.

Já os petistas afirmam que o livro não mudará os votos em Baleia. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o vazamento tem intuito eleitoral e não deve reverberar na bancada. “Nós nunca fomos enganados, sabemos quem são eles e o que passamos. A aliança que fizemos aqui é pontual, pressupõe um programa mínimo e alguns compromissos”, disse. “Fizemos um acordo com Baleia em cima de uma carta compromisso. Os pontos dessa carta é que valem para nós”, concordou o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).

Valor Econômico

 

 

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