DEM do rio seguirá orientações de Maia

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Foto: Reprodução

Próximo de Rodrigo Maia (RJ), o deputado federal licenciado Pedro Paulo (RJ) negou que exista uma decisão do ex-presidente da Câmara de abandonar seu partido, o Democratas. Mas Pedro Paulo afirmou ao Valor que, se isso acontecer, é provável que ele mesmo e outros deputados próximos a Maia sigam seus passos. Uma debandada exporia definitivamente a fratura inaugurada antes da eleição à presidência da Câmara, quando o DEM ficou neutro e viu Arthur Lira (PP) derrotar o candidato apoiado por Maia, Baleia Rossi (MDB), em primeiro turno.

“Nós faremos movimentos juntos [com Maia] porque fazemos parte de um grupo que pensa o Brasil, um grupo que conta com nomes importantes como o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e o prefeito Eduardo Paes (DEM), cada um com três mandatos no Rio [como prefeito]. O Rodrigo obviamente está ferido. É o dia seguinte de uma derrota, mas ele sabe que tem de tomar uma decisão com calma, pensando as consequências do movimento”, disse Pedro Paulo.

Hoje secretário de Fazenda do município do Rio, reduto eleitoral de Maia, Pedro Paulo foi temporariamente exonerado do cargo na prefeitura só para reassumir o mandato de deputado e votar em Baleia Rossi. Ele admite erros na escolha de Baleia como candidato, mas diz que, de toda forma, o DEM “fraquejou” no momento mais importante da eleição da Câmara.

“Em relação à escolha do sucessor pode ter tido um erro ou outro sim, mas o DEM contribuiu muito para essa derrota, infelizmente o meu partido. A não confirmação do DEM na chapa abriu a sangria, a hemorragia na candidatura do Baleia. Acredito que o meu partido fraquejou, falseou em um momento em que deveria ter se mantido firme na construção de uma candidatura de centro. Essa neutralidade, na verdade a não-adesão ao Centro, facilitou a candidatura do governo e o DEM perdeu esse papel de liderar, como vinha fazendo, a construção dessa força de centro seja dentro da Câmara, seja mirando [as eleições] de 2022”, disse.

Segundo o deputado, o arranjo que levou à neutralidade do DEM no último momento não foi construído somente pelo presidente do partido ACM Neto e teve a participação de outras lideranças da legenda, como o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) e seu sucessor no cargo Rodrigo Pacheco (DEM), além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Pedro Paulo admite, portanto, o racha no Democratas e afirma que a permanência dessa conjuntura no curtíssimo prazo dependerá da condução de ACM Neto (DEM), a quem, disse, já pediu um desagravo à Maia e reconhecimento pelo trabalho à frente da Câmara. “O partido tem de fazer o esforço de prestigiar o Rodrigo, reconhecendo a história de contribuição dele e de seu pai. É hora do Democratas demonstrar respeito ao Rodrigo.”

“O DEM sai sim enfraquecido desse episódio, mas estamos falando só do dia seguinte. Está colocada a missão de reconstruir a posição do partido, a partir do [Rodrigo] Pacheco e das lideranças. Aos partidos aliados que se mantiveram na chapa até o último momento, como PSDB e Cidadania, será preciso provar que o Democratas vai manter independência suficiente [do governo]”, disse.

Sobre Maia, Pedro Paulo sugeriu que a derrota pode ser apenas episódica e, no médio prazo, vai depender do desempenho de Lira na nova fase da Câmara. “A ressaca da derrota sempre te induz a uma visão de que você foi derrotado e que essa condição vai permancer, mas não é bem assim. Uma vitória ou derrota do Rodrigo no longo prazo vai estar muito vinculada ao desempenho do Lira. Faço votos de que ele realmente imponha a independência do parlamento, fazendo o contrapeso ao governo federal que o Rodrigo fez tão bem. Mas eu confesso que sou cético quanto a isso”, afirmou.

O deputado lembra que, logo no início de mandato, Lira terá um “teste de fogo” ao avaliar vetos do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de lei complementar 178, um dos quais ao trecho que permitia a estados e municípios reestruturar dívidas com mecanismos multilaterais. “Bolsonaro vetou isso e agora há uma pressão enorme de governadores e prefeitos para derrubar esse veto. Aí já está uma prova, um dos primeiros aperitivos desse mandato, saber se ele vai manter o veto ou conseguir construir um veto consensuado”, aponta.

Apesar do ceticismo, Pedro Paulo disse ter boa relação pessoal com Lira, até melhor do que com Baleia, e, por isso, a nova configuração da Câmara não seria problema para a Fazenda do Rio, sua maior preocupação no momento.

Valor Econômico

 

 

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