Pandemia põe o Brasil de joelhos

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Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles

Enquanto alguns países do mundo já vivenciam quedas expressivas nos casos e nas mortes por Covid-19, o Brasil, um ano após a chegada da doença, vive um cenário desanimador: vacinação a passos lentos, novo avanço do Sars-CoV-2, óbitos nas alturas e falta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).

Com as 1.337 mortes registradas na sexta-feira (26/2), o país está, desde o dia 21 de janeiro, com média móvel acima de 1 mil. São 37 dias seguidos, a maior sequência desde o início da pandemia. Segundo balanço do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, a última vez que o Brasil viveu algo parecido foi entre 3 de julho e 7 de agosto de 2020, um total de 36 dias.

As novas infecções também preocupam. Só nos primeiros 30 dias deste ano, o país acumulou 1.528.758 novos casos de Covid-19, média diária de 49.314, fazendo de janeiro o mês com mais ocorrências desde o início da pandemia. Fevereiro também começou com números nas alturas: em 26 dias, já são 1.250.899 contaminados, média de 48.111 a cada 24 horas. Para efeito de comparação, durante o primeiro pico, registrado no meio de 2020, julho havia alcançado o topo, com 1.260.444.

“Não é pouco dizer que este é o momento mais difícil desde o início, quando houve a primeira confirmação, em fevereiro de 2020, em um paciente de São Paulo. Nunca foram tantos estados com tanta dificuldade ao mesmo tempo, seja pela circulação das novas cepas, seja pelo cansaço da sociedade de estar vivendo isso há tanto tempo”, disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, em pronunciamento ao lado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na quinta-feira (25/2).

“A tendência é a situação ainda piorar antes de melhorar. Medidas mais enérgicas em termos de fechamento, para tentar conseguir algum isolamento, começaram nesta semana, mas ainda temos um ciclo de pelo menos duas semanas de provável crescimento da pandemia antes de qualquer melhora. As medidas ainda são tímidas, mas já de grande avanço”, ressaltou Jonas Lotufo Brant de Carvalho, epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB).

Ao menos 15 unidades da Federação estão com as taxas de internação acima de 80% nas UTIs públicas para pacientes de Covid-19, nível considerado crítico. São elas: Rondônia, Paraná, Goiás, Acre, Distrito Federal, Ceará, Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Tocantins, Bahia e Roraima.

Os outros 10 estados vivem situação melhor, no entanto, nada perto do ideal. Nenhum deles tem mais de 40% de leitos vazios.

O levantamento foi realizado pelo Metrópoles, a partir de informações das secretarias estaduais de Saúde publicadas até as 19h de sexta-feira (26/2). Minas Gerais não entra na conta, já que o boletim não informa a taxa específica de ocupação dos leitos de Covid-19 da rede pública.

Com a alta nos casos de Covid-19, alguns estados já adotaram medidas para tentar conter o avanço da doença. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria decretou toque de recolher. A ação foi adotada também em Santa Catarina (entre 23h e 6h neste fim de semana).

O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou que o estado terá restrição total das atividades não essenciais a partir de sexta-feira (26/2), até as 5h de segunda-feira (1º). No DF, haverá restrição total. Tudo será fechado, exceto serviços essenciais.

Os municípios cearenses também adotaram barreiras sanitárias e toque de recolher. No Tocantins, Palmas voltou a fechar as instituições de ensino públicas e privadas, além de adotar o toque de recolher.

Metrópoles  

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