Compras de imóveis por Flavio e ministro implicam Banco de Brasília

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, também comprou um imóvel em Brasília: um apartamento no Noroeste, bairro nobre da capital, por R$ 2,1 milhões. A compra, também pelo Banco de Brasília (BRB), reforça indícios de como a transação imobiliária de Flávio Bolsonaro, uma mansão de quase R$ 6 milhões com 2 mil metros quadrados, parece desproporcional diante de seus vencimentos. Ex-capitão, ex-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e servidor concursado da Câmara, Freitas comprou o apartamento de 190 metros quadrados em janeiro. Pegará as chaves só a partir de agosto. Mas as diferenças entre a compra do apartamento de Tarcísio e da luxuosa casa de Flávio vão além disso.

Flávio e a mulher, Fernanda Bolsonaro, financiaram R$ 3,1 milhões do valor total de R$ 5,9 milhões do imóvel junto ao BRB com taxas de juros baixas, mas nas quais há acréscimo da inflação, em 360 meses. Também em 30 anos, Tarcísio e a mulher, Cristiane Freitas, financiaram R$ 1,2 milhão, mas a juros mais altos, sem a variante da inflação. Nessa diferença, está tudo OK. Os dois casais apenas escolheram modalidades diferentes de taxas. O contraste desfavorável para Flávio começa agora.

A escritura pública da mansão foi registrada em Brazlândia, a 45 quilômetros de Brasília, um expediente incomum. Tarcísio, por sua vez, oficializou o negócio em um cartório no centro da capital, próximo ao imóvel, como geralmente se faz.

O cartório usado por Flávio tarjou a escritura pública para esconder informações do senador, sem permitir assim saber se a renda informada pelo casal completava o mínimo exigido pelo BRB.

E a renda de Tarcísio? A escritura mostra que ele declarou renda mensal de R$ 26.100. E sua mulher, R$ 15 mil. Somados, os valores atingem o mínimo necessário para o financiamento e a parcela mensal entre R$ 10.200 e R$ 12 mil.

A mansão foi o 21º imóvel negociado por Flávio em 16 anos, um ás do mercado imobiliário, capaz de fazer ouro com as compras e vendas de que participa. O senador disse que vendeu seu apartamento no luxuoso condomínio Atlântico Sul, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para comprar a casa milionária.

Sem entrar na análise de se um então deputado estadual e dono de uma franquia de chocolates poderia ter um apartamento no Atlântico Sul, Flávio ainda não apresentou nenhuma escritura pública que mostre a venda desse imóvel para comprar a mansão. Disse que tudo foi negociado por meio de um instrumento particular firmado entre ele e o comprador (sabe-se lá quem confiou em comprar um apartamento de alguém que até pouco tempo atrás estava com os bens bloqueados e sobre quem paira a acusação de corrupção).

No caso de Tarcísio, o apartamento foi o segundo em dez anos. Para comprá-lo, ele vendeu um apartamento por R$ 750 mil em maio do ano passado, também em Brasília. Juntou mais alguns recursos e deu R$ 890 mil de entrada. Realidade típica de um ex-capitão que agora é servidor bem remunerado em Brasília. E que não teve a sorte de nascer filho do presidente.

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