Bolsonaro promete interromper medidas sanitárias no país
Foto: Alan Santos/Presidência
Em um novo discurso contra medidas restritivas tomadas para diminuir o contágio da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que “pseudogovernadores” tentam “impor a ditadura” e que “está chegando a hora” disso terminar. Bolsonaro se opõe a medidas de distanciamento social desde o início da pandemia, que já matou 390 mil pessoas no Brasil.
Na sexta-feira, Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas poderão ir às ruas para garantir a ordem no país caso as medidas restritivas promovam o que chamou de “caos”.
— Está chegando a hora, pessoal. Está chegando a hora do Brasil dar um novo grito de independência, porque não podemos admitir alguns pseudogovernadores impor a ditadura no meio de vocês, usando do vírus para subjugá-los. Nós tratamos a questão do vírus com muita responsabilidade, mas sempre disse que além do vírus tínhamos que nos preocupar com a questão do desemprego — disse o presidente, durante inauguração de duplicação da BR-101 entre Feira de Santana (BA) e Divisa (SE).
Bolsonaro acusou governadores de “destruir empregos” e afirmou que “esse suplício está chegando ao fim” e que “brevemente voltaremos à normalidade”:
— Não foi o governo federal que obrigou você a ficar em casa, não foi o governo federal que obrigou você a fechar o comércio, não foi o governo federal que destruiu milhões de empregos. Pode ter certeza, esse suplício está chegando ao fim. Brevemente voltaremos à normalidade, com o apoio de todos.
Depois, em conversa com jornalistas, Bolsonaro foi questionado sobre o eventual uso das Forças Armadas e disse que elas devem “cumprir a lei e a ordem”. Em seguida, acusou governadores e prefeitos de não cumprirem a Constituição:
— As Forças Armadas estão aí para cumprir a lei e a ordem e para cumprir integralmente a nossa Constituição. Eu te devolvo a pergunta: estão seguindo o artigo quinto da Constituição ou não? É só você ler dois incisos do artigo quinto e você vê se está sendo respeitado o direito de ir e vir, o direito de a pessoa ter um emprego, ocupar o tempo para exercitar a sua fé. É só ver se isso está sendo respeitado ou não, por decretos de alguns governadores e alguns prefeitos
O presidente também classificou como “incobecível” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do ano passado, que garantiu autonomia para estados e prefeituras tomarem decisões relacionadas à pandemia e disse para não “esticarem a corda”.
— É inconcebível os direitos que alguns prefeitos e governadores tiveram por parte do Supremo Tribunal Federal. É inconcebível. Nem estado de sítio tem isso. Não estiquem a corda mais do que está esticada.
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