Gilmar diz que Barroso não sabe perder

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Foto: Reprodução

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, cortou a transmissão da sessão de hoje em meio a um bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

Como as sessões estão sendo realizadas por videoconferência, Fux afirmou que iria exercer seu papel de presidente da Corte e encerrou a sessão enquanto os dois ministros travavam uma discussão acalorada.

Os ministros discutiram no fim do julgamento sobre se o plenário deveria manter a decisão da Segunda Turma, que declarou a suspeição do ex-juiz da Operação Lava-Jato Sergio Moro.

“Se falou em conflito de competência entre a Turma e o plenário. Não sei como isso se faz. Há meios de trazer o tema para o pleno. Eu propus inicialmente, no caso da suspeição, esse encaminhamento, e fiquei vencido”, argumentou Gilmar.

Barroso, então, rebateu e disse que o conflito não foi entre a Turma e o plenário, mas sim entre a posição do relator, Edson Fachin, e a Segunda Turma.

“Também quero eu aprender essa fórmula processual”, ironizou Gilmar. Barroso respondeu: “A fórmula processual é: se os dois órgãos têm o mesmo nível hierárquico, um não pode atropelar o outro”.

Gilmar, então, disse que isso não existia no STF, mas talvez existisse no “código do Russo”, em uma referência a como os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato chamavam Moro.

“Estou argumentando juridicamente. Não precisa vir com grosseria. Existe no código do bom senso. De respeito aos outros. Se um colega acha uma coisa e outro acha outra, é um terceiro que tem que decidir”, disse Barroso.

O ministro disse ainda que Gilmar “sentou na vista durante dois anos e depois se acha no direito de ditar regra para os outros”, se referindo ao fato de que o colega suspendeu o julgamento sobre a suspeição de Moro na Segunda Turma em dezembro de 2018 e só devolveu em março deste ano.

Gilmar, então, rebateu: “O moralismo é a pátria da moralidade”. Ele acrescentou ainda que o colega estava exaltado porque “perdeu”.

O bate-boca entre os dois aconteceu após o plenário formar maioria para manter a decisão da Segunda Turma. Apesar do resultado, o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista para que o julgamento fosse adiado. Por ora, o placar está em 7 a 2.

Valor Econômico

 

 

 

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