Haddad lidera pesquisa para governador de SP

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Foto: Reprodução/ Internet

Pesquisa Ipespe realizada no Estado de São Paulo com exclusividade para o Valor dimensiona o tamanho da dificuldade de uma candidatura presidencial do governador João Doria, um dos nomes cotados no PSDB para 2022. No Estado governado há décadas por tucanos, o desempenho de Doria na corrida pelo Planalto é modesto, muito abaixo das marcas alcançadas pelos líderes Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Além disso, a taxa de reprovação à gestão Doria entre os paulistas é mais que o dobro da taxa de aprovação. E mesmo numa eventual disputa à reeleição, Doria teria sufoco. Além de ostentar 67% de rejeição (eleitores que dizem não votar nele “de jeito nenhum”), vê o ex-governador Geraldo Alckmin, do mesmo partido, como nome mais competitivo ao comando do Palácio dos Bandeirantes.

No maior colégio eleitoral do país, Lula e Bolsonaro empatam com 27% das intenções de voto para presidente, taxas parecidas com as que costumam obter nas pesquisas nacionais. O ex-juiz Sergio Moro (sem partido) tem 11%. Com 5% estão empatados o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Doria é o sexto, com 4%.

Presidente do conselho científico do Ipespe, o sociólogo Antonio Lavareda destaca que o resultado soa positivo sobretudo para Lula. Isso porque seu desempenho é 15 pontos superior ao resultado obtido pelo também petista Fernando Haddad em São Paulo no primeiro turno da eleição presidencial de 2018. Com Bolsonaro ocorre o inverso. Ele obteve 37,5% dos votos totais dos paulistas três anos atrás. Sua marca atual, portanto, pode ser classificada como declinante.

Num segundo cenário testado, Moro, Huck e Doria foram substituídos por João Amoêdo (Novo), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Eduardo Leite (PSDB). O empate Lula-Bolsonaro persiste, mas agora com o petista numericamente à frente: 29% a 27%. Ciro e Amoêdo têm 7%; Mandetta, 6%; e Leite, 1%.

O Ipespe também pesquisou intenções de voto para governador de São Paulo. Em duas simulações apurou triplo empate técnico na liderança. No primeiro caso Haddad, ex-prefeito da capital, lidera numericamente com 20%. Os ex-governadores Márcio França (PSB) e Geraldo Alckmin marcam 18% e 17%, respectivamente.

Na segunda simulação, o Ipespe testou o que seria uma disputa sem Haddad na lista de candidatos. Entre os concorrentes, acrescentou Doria e Guilherme Boulos (Psol), líder do Movimento Trabalhadores Sem Teto (MTST). Mas não excluiu Alckmin. Para isso ocorrer, Doria ou Alckmin precisariam abandonar o PSDB e se filiar a algum outro partido.

Nesse segundo teste, o triplo empate na liderança envolve Alckmin, França e Boulos. Eles marcam 17%, 17% e 16%, respectivamente. Doria surge em quarto, com 8%.

O Ipespe também pediu a avaliação dos paulistas em relação ao governo Doria como um todo e em relação à atuação do governador no combate à covid-19. Fez o mesmo depois com Jair Bolsonaro.

Para quase metade dos entrevistados (48%), a gestão Doria é ruim ou péssima. É mais que o dobro dos 21% que a enxergam como boa ou ótima. Outros 29% julgam como regular. Quando a pergunta é sobre a atuação específica no combate à covid-19, as taxas de Doria são melhores. Os que avaliam esse trabalho específico com ótimo ou bom somam 31%. Para 27% é regular. Para 40%, ruim ou péssimo.

“A determinação do governador Doria na busca e na divulgação da vacina [Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan] lhe rendeu um destaque. Mas não o suficiente para garantir uma boa avaliação da gestão como um todo. Então ficou monotemático. Para disputar a Presidência da República precisaria apresentar um desempenho mais expressivo no próprio Estado”, avalia Lavareda.

Bolsonaro tem avaliação negativa ainda mais acentuada que a de Doria entre os paulistas: 53% de ruim ou péssimo. Mas tem uma avaliação positiva ligeiramente melhor, 24%. Para 21%, é regular.

Pesquisadores treinados entrevistaram, por telefone, 1.000 eleitores entre 5 e 7 de abril. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos.

Valor Econômico

 

 

 

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