Capitã Cloroquina confessa apoio da Saúde a uso de “cloroquinas”

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Foto: Pablo Jacob / O Globo

A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina, afirmou em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira que o Ministério da Saúde orientou médicos em todo o país sobre o tratamento precoce contra Covid-19. Ela disse ainda que, diante do número de mortes pela doença durante a crise de oxigênio em Manaus (AM), era “inadmissível não ter a adoção de todas as medidas”, em referência ao uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. E nega responsabilidade da pasta sobre o caos na capital amazonense.

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Questionada pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), se houve orientação para tratamento precoce, Pinheiro disse que o Ministério da Saúde, segundo parecer do Conselho Federal de Medicina, orientou sim.

— A orientação é para todos os médicos brasileiros, não só para Manaus — disse Pinheiro.

Mayra foi perguntada se mantém a orientação de usar cloroquina.

— Eu mantenho a orientação enquanto médica de que possamos usar todos os recursos possíveis — respondeu a secretária.

Pinheiro confirmou ter dito, durante o colapso do sistema de saúde em Manaus, que era inadmissível o não uso da cloroquina pelos médicos da cidade naquele momento. Segundo ela, essa fala foi no contexto de que havia muitas mortes ocorrendo na época, não sendo inadmissível não lançar mão de todos os recursos possíveis.

— No contexto da quantidade de óbitos, como médica, é inadmissível não ter a adoção de todas as medidas — disse Pinheiro.

O termo “inadmissível” foi usado por Mayra em um ofício enviado para a Secretaria de Saúde de Manaus, no início de janeiro, em que ela pedia autorização para visitar Unidades Básicas de Saúde da cidade para falar do tratamento precoce.

Questionada se houve alguma responsabilidade do Ministério da Saúde, ela respondeu:

— Nenhuma responsabilidade. A responsabilidade da doença é do vírus.

O Globo