
Guedes promete gastança eleitoral para reeleger Bolsonaro
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Com a campanha precoce à Presidência da República, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anuncia a formulação de medidas que buscam melhorar, desde já, o ambiente eleitoral para 2022. O pacote de propostas inclui a criação de um fundo social alimentado por recursos de privatizações e dividendos de estatais.
“O presidente não quer tirar do pobre para dar ao paupérrimo. De acordo. Então, vamos devolver as estatais ao povo brasileiro”, diz.
Os próximos meses, diz ele, serão de teste também para o governo não cair no discurso de que adiar reformas garante voto. “Eu acho o contrário”, diz. “Vai perder mais voto do que ganhar.”
Guedes, porém, admite que a agenda liberal encolheu por circunstâncias políticas até agora. “Liberais sempre foram politicamente inábeis —por isso nunca teve governo liberal no Brasil. O liberal é um ser abstrato”, afirma. No entanto, diz ser prestigiado pelo presidente, que já lhe garantiu que não cederá a pressões para desmembrar o superministério que ele criou. “E, se você pergunta se o presidente já comentou isso comigo, já comentou. Está cheio de gente querendo”, diz Guedes.
O ministro nega que tenha faltado dinheiro para antecipar compra de vacinas e diz que o socorro a informais e empresas acabou em 31 de dezembro de 2020 porque a segunda onda não estava no radar quando o plano de combate à pandemia foi desenhado.
“Por que o auxílio emergencial só foi renovado depois que a eleição da Câmara foi resolvida? É a política. É culpa dos políticos? Não, ninguém tem culpa. É assim.”