Mandetta entrega à CPI Carta protocolada que enviou a Bolsonaro
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
Em carta em março de 2020, o então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou ao presidente Jair Bolsonaro que, se não mudasse seu modo de agir, haveria risco de colapso na saúde. A carta foi citada em depoimento de Mandetta à CPI da Covid.
Ao ser questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a divergência com o presidente em relação à recomendação de isolamento social, Mandetta frisou que tentou alertá-lo e recomendar que mudasse sua postura.
— Eu, no dia 28 de março, senador, achei por bem escrever uma carta ao presidente da República. Uma carta pessoal. Eu pedi uma reunião específica, que foi feita no Palácio da Alvorada, dentro da biblioteca, com a presença de todos os ministros, e entreguei em mãos deles esta carta — disse Mandetta.
Enviado em 28 de março de 2020, o documento dá um panorama da extensão da pandemia no Brasil e termina com a recomendação de que a Presidência reveja seu posicionamento. Cita especificamente a necessidade de reconhecer os esforços de isolamento social e o “reconhecimento da transmissão comunitária”.
“Recomendamos, expressamente, que a Presidência da República reveja o posicionamento adotado, acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população”.
“Assim, em que pese todo o esforço empreendido por esta Pasta para proteção da saúde da população e, via de consequência, preservação de vidas no contexto da resposta à epidemia do Covid-19, as orientações e recomendações não receberam apoio deste Governo Federal, embora tenham sido embasadas por especialistas e autoridades em saúde, nacionais e internacionais, quais sejam isolamento social e a necessidade de reconhecimento da transmissão comunitária”, escreveu o ex-ministro.
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