Novo chefe da PF critica formato das delações premiadas

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O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, criticou em documento enviado ao STF o acordo de colaboração de executivos da Odebrecht assinado com a PGR em 2017, ainda com Rodrigo Janot.

O delegado também aborda na manifestação a disputa entre Ministério Público Federal e Polícia Federal para fechar delações e defende atuação conjunta.

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino – Alesp/Divulgação
Maiurino cita o caso da empreiteira como exemplo de como deixar a PF fora dos acordos pode prejudicar o interesse público.

Segundo ele, a maioria dos fatos relatados pelos delatores já era de conhecimento dos investigadores e que dois terços dos inquéritos com base nos depoimentos foram arquivados.

“Melhor seria que as duas instituições participassem das negociações de colaboração premiada, diminuindo conflitos entre as corporações e fornecendo uma maior segurança jurídica aos investigados que se dispõem a colaborar”, escreveu Maiurino.

Como mostrou o Painel neste sábado (21), o diretor-geral propôs em um documento enviado ao Supremo Tribunal Federal uma reestruturação interna no órgão que tira a autonomia de delegados nas investigações de autoridades com foro especial e pode conceder superpoderes ao próprio chefe da corporação.

Folha de SP