Teich diz que governo distribuiu cloroquina sem consultar Saúde

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Foto: REUTERS/Adriano Machado

A produção e distribuição de cloroquina pelo governo federal não passou pelo Ministério da Saúde, garantiu nesta quarta-feira o ex-ministro Nelson Teich durante depoimento na CPI da Pandemia, no Senado. Em seu depoimento, ele disse que saiu da Pasta quando percebeu que não teria autonomia para tocar o trabalho da forma que acreditava. “Sem a liberdade para conduzir o ministério, optei por deixar o cargo.”
De acordo com Teich, um dos principais pontos de discórdia com o presidente Jair Bolsonaro se deu em torno do uso da cloroquina no tratamento da covid-19. O presidente, assessorado por outros profissionais, queria liberar a extensão do uso do medicamento. “Minha convicção era que não havia evidência na eficácia do medicamento cloroquina”, afirmou o ex-ministro.

“Não participei disso [produção de cloroquina pelo Exército]; eu tinha uma posição muito clara relação à cloroquina e a outros medicamentos”, afirmou. “Cloroquina é um medicamento que tem efeitos colaterais; tínhamos preocupação com o uso indevido”, completou.

O ex-ministro indicou que nenhuma discussão sobre o uso do medicamento, bem como a indicação para oferta do medicamento a populações indígenas, passou pelo seu crivo no período que esteve à frente da Pasta.

No depoimento à CPI da Pandemia, ele indicou ainda que pretendia desenhar uma política nacional para disciplinar o distanciamento social no país. “Quando eu falava de isolamento, a ideia era que tivéssemos um programa nacional, de conduta homogênea”, afirmou, sem deixar claro por que o plano não saiu.

Questionado sobre as declarações de Bolsonaro contra o distanciamento, o ex-ministro disse pensar diferente e defendeu que saúde e economia não podem ser separados. “Tudo envolve gente”, afirmou.

“Na minha função como ministro, obviamente eu tinha que trabalhar com a questão do distanciamento social”, disse Teich, que ficou apenas 28 dias no ministério da Saúde.

Ontem, no primeiro dia de depoimento na CPI, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta revelou que o governo Bolsonaro chegou a avaliar um decreto para alterar a bula da cloroquina para que o remédio fosse indicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do coronavírus. Segundo ele, uma proposta de um decreto presidencial foi levada a uma reunião ministerial do Palácio do Planalto, mas a sugestão não foi levada à frente após a objeção do presidente da Anvisa.

Valor Econômico 

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