Romário muda de ideia e agora quer que CPI aponte culpados

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Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado

O senador Romário Faria (PL-RJ) disse que no início da CPI da Pandemia chegou a concordar com o discurso governista de que não era o momento de buscar responsáveis pelas mortes no país, naquela época em torno de 400.000 pessoas.

Decorridos quase dois meses do início dos trabalhos da comissão, o senador, que é aliado da família Bolsonaro, de quem diz ter só sentimentos de carinho, amizade e respeito mútuo, mudou de opinião.

Agora ele acredita que a CPI precisa ir a fundo nas investigações para encontrar os culpados pelo caos na pandemia.

“Já que abriu (a comissão) e está indo (adiante com os trabalhos), os culpados têm que aparecer”, disse o senador, sem indicar quem seriam esses responsáveis. “Eles têm que pagar pelas coisas que fizeram de errado nessa pandemia que matou tantas pessoas, simples assim”, completou.

Apesar da opinião sobre a CPI que hoje é a maior dor de cabeça para Bolsonaro, Romário não esconde sua simpatia pela família presidencial. O também senador Flávio é descrito como “um amigo”. Sobre o presidente, disse que ele sempre o tratou com carinho nas “duas ou três vezes” em que estiveram na presença um do outro em encontros no Palácio do Planalto e também em ocasiões fora dele.

No Rio não é segredo que, na política, Romário joga sozinho. Suas articulações, em geral, são feitas com vistas primeiramente a sua viabilidade eleitoral. No ano que vem não será diferente. Ele se filiou no início deste ano ao PL, partido para o qual também migrou o governador Cláudio Castro. A ideia é tentar a reeleição a sua cadeira no Senado.

Questionado sobre a volta política da figura do ex-presidente Lula e seu papel na polarização, ele evitou, como bom jogador que é, se indispor com quem pode aparecer bem posicionado em outubro do ano que vem.

“O Lula quer ser presidente, o Bolsonaro quer ser reeleito e eu quero ser reeleito também. Cada um vai brigar por seus ideais e objetivos e eu vou brigar pelos meus”, disse.

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