Entidades dizem ter “grande preocupação” com crise institucional

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Foto: Marcos Corrêa/PR

A carta aos três poderes assinada por entidades de classe aponta “grande preocupação” com a “escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas” e pede “serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer e a gerar empregos”.

O trecho está na versão mais recente da carta, obtida pelo blog. O manifesto também pede “harmonia” aos três poderes da República. A divulgação foi suspensa pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A previsão inicial era que o texto fosse publicado terça-feira (31) e contasse com a assinatura de cerca de 200 entidades de classe – entre elas a Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Fecomercio e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

A carta surgiu de uma ideia inicial da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), encampada depois por Skaf.

Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira”, diz outro trecho da carta.
No domingo (29), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a conversar com Skaf. Lira defendeu esperar que a divulgação ocorresse apenas depois de 7 de setembro.

A Fiesp diz que a suspensão não teve a ver com o pedido de Lira. Segundo a entidade, houve muito interesse pelo manifesto e que resolveu, então, esperar novas adesões.

Skaf tentou contato com Bolsonaro, que, de acordo com um ministro palaciano, está muito insatisfeito com o dirigente da Fiesp.

Nesta segunda (30), sete entidades do setor agroindustrial divulgaram uma carta na qual fazem um “chamamento a que nossas lideranças se mostrem à altura do Brasil”.

O texto diz que o Brasil não pode se apresentar ao mundo como uma “sociedade permanentemente tensionada em crises intermináveis ou e riscos de retrocesso ou rupturas institucionais”.

Assinam a carta a Abag, a Abrapalma, a Abiove, a Abisolo, a Croplife Brasil, o Ibá e o Sindiveg. As entidades também assinam o manifesto da Fiesp. Como a divulgação foi suspensa por decisão de Paulo Skaf, se manifestaram à parte.

Leia a íntegra da carta:

“A Praça é dos Três Poderes

A Praça dos Três Poderes encarna a representação arquitetônica da independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando um triangulo equilátero, cujos vértices são os edifícios- sede de cada um dos poderes.

Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.

Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.

As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.

Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira.”

G1  

Assinatura
CARTA AO LEITOR

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