Lupi declara apoio a Ciro no PDT

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Foto: Ana Paula Paiva/Valor

O presidente do PDT, Carlos Lupi, reagiu nesta quinta-feira (09) de maneira enfática à pressão de uma ala do partido para que Ciro Gomes, diante da estagnação nas pesquisas eleitorais, flexibilize os palanques nos Estados ou até mesmo retire a pré-candidatura à Presidência em 2022. Em vídeo postado nas redes sociais, o dirigente declarou que os descontentes devem deixar a sigla e acabou evidenciando o início de uma crise.

“O Ciro vai resistir. O PDT vai resistir. Para aqueles que pensam diferente, a porta aberta é a serventia da casa. Serve para entrar os convictos e serve também para sair aqueles que não têm suas convicções entrosadas com as do partido”, afirmou.

Nos bastidores, o entendimento é de que o posicionamento de Lupi deixou claro que o descontentamento de alguns integrantes do PDT precisa ser debelado o quanto antes.

Conforme mostrou o Valor na edição de hoje, há lideranças na legenda que vão atrelar seu nome a outros candidatos nos Estados se o PDT persistir na candidatura própria.

Além do baixo desempenho nas últimas sondagens eleitorais, a entrada do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) na disputa eleitoral e a possível criação de uma federação incluindo PT e PSB acentuaram questionamentos internos sobre a viabilidade da pré-candidatura do ex-governador cearense.

No vídeo de um minuto e meio, Lupi diz que existe uma campanha orquestrada para desqualificar Ciro Gomes. “Vou mostrar para vocês uma pesquisa do Datafolha de 2018, muito antes da eleição, onde colocava o Ciro em quarto ou quinto lugar. Nós, por pouco, não passamos para o segundo turno”, aponta.

Na verdade, o candidato do PDT acabou o primeiro turno com menos da metade dos votos do segundo colocado, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Naquele ano, na primeira etapa da disputa presidencial, Ciro obteve 12,47% dos votos válidos. O petista alcançou 29,28% e Jair Bolsonaro (PL) teve 46,03%.

“Não adianta essa gente se orquestrar, sistema financeiro, grande mídia, grandes interesses internacionais, como falava Leonel Brizola, que o Ciro vai resistir”, declarou.

Um parlamentar influente ouvido pelo Valor avalia que parte do PDT começou a acreditar que Ciro caminha para o isolamento. Ele diz que alguns colegas de partido já têm conversado sobre a ideia de desistência.

Prevendo fraco desempenho nas urnas e receosos com a renovação dos mandatos na Câmara e nas assembleias legislativas, alguns integrantes da bancada do PDT também pressionam por uma “flexibilização” dos palanques nos Estados. A maior preocupação vem justamente de parlamentares da região Nordeste, onde a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é bastante superior à média nacional, de acordo com as últimas sondagens eleitorais.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE), que está de saída do partido, contou que muitos colegas estão desestimulados diante do suposto encolhimento eleitoral de Ciro Gomes. “Em determinado momento, era interessante para os deputados dialogar com os eleitores de Ciro, que representavam de 13% a 15%. Hoje, é menos da metade disso. Isso passa a ser um limitador eleitoral para os deputados”, avalia.

Também preocupa parlamentares do PDT o financiamento das campanhas proporcionais. O entendimento é de que, com uma eventual desistência de Ciro, sobraria mais verba do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário para fortalecer as candidaturas nos Estados. No primeiro turno das eleições de 2018, Ciro foi o quarto candidato que mais gastou: R$ 24,2 milhões.

Pessoas mais próximas a Ciro rejeitam a possibilidade de retirada da pré-candidatura, mas reconhecem que chegou o momento de redirecionar a estratégia para que o pedetista consiga, ao menos, manter o tamanho político conquistado em 2018.

Valor Econômico 

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