Aécio diz que Bolsonaro perde por não criticar Putin

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Foto: Alan Santos/Planalto

O silêncio do presidente Jair Bolsonaro nas primeiras horas após os ataques russos à Ucrânia pode lhe custar apoios e votos, na avaliação de lideranças do Congresso. Parlamentares cobraram uma posição mais enfática do governo. O presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), conversou ao longo do dia com o ministro da pasta, o chanceler Carlos Alberto França, e pediu uma posição mais dura, condenando os atos. “Bolsonaro perde um espaço enorme”, disse Aécio à Coluna. Para ele, não há por que temer retaliação da Rússia, já que os esforços de Vladimir Putin estarão concentrados mais na guerra e menos em possíveis acordos com outras nações.

DRIBLE. Já diplomatas brasileiros ouvidos pela Coluna avaliam que a primeira nota do governo sobre os ataques russos à Ucrânia, em que o Itamaraty pede a “suspensão de hostilidades”, representa uma vitória do ministro Carlos França sobre Jair Bolsonaro, que havia falado em “solidariedade” a Putin durante a ida ao país.

FIQUE DE OLHO. No Itamaraty, contudo, há ainda o temor de que o presidente se pronuncie de maneira irresponsável por questões ideológicas, contrariando a tradição diplomática do País, que historicamente defende soluções pacíficas.

VAI FALTAR? A guerra pode ainda ter efeitos para o agronegócio brasileiro, dependente do fertilizante russo. “Há uma preocupação com a interrupção do fornecimento”, disse a presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Teresa Vendramini, à Coluna.

BINGO. Na bronca com Ricardo Barros (PP-PR), o líder do governo na Câmara, por ter liberado a bancada na votação sobre os jogos de azar no Brasil, a bancada evangélica teve um dia de “desabafos” em seu grupo de WhatsApp.

CLICK. Vladimir Putin, presidente da Rússia

Estadão