Monark se desculpa e diz que estava “muito bêbado”

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Foto: Reprodução

O influenciador Monark, apresentador do podcast Flow, se desculpou na tarde desta terça-feira por defender a criação de um partido nazista reconhecido por lei no país, o que contraria princípios constitucionais. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o youtuber afirmou que “estava muito bêbado” e que se expressou de forma “insensível” com a comunidade judaica.

“Queria pedir desculpas mesmo. Eu errei, a verdade é essa. Eu estava muito bêbado e eu fui defender uma ideia que é uma ideia que acontece em alguns lugares do mundo, nos EUA, por exemplo. Mas eu fui defender essa ideia de uma forma muito burra. Eu falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. E eu peço perdão pela minha insensibilidade. Mas peço também um pouco de compreensão. São quatro horas de conversa, a gente ainda estava bêbado, fui insensível, sim, errei na forma que eu me expressei. Dá a entender que estou defendendo coisas abomináveis”, disse Monark, que convidou representantes da comunidade judaica a conversarem com ele.

 

Em episódio transmitido na noite de ontem, Monark afirmou que “o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido” durante debate com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB), que criticou o posicionamento do apresentador. A discussão surgiu quando Tabata disse que tanto governos extremistas de direita quanto de esquerda devem ser condenados com a mesma veemência.

“O nazismo é contra a população judaica. Isso coloca uma população inteira em risco”, argumentou a parlamentar.”Questionar existência nenhuma é válida”, emendou.

No Brasil, de acordo com a lei federal antirracismo (Lei 7.716, de 1989), é crime “veicular símbolos” do nazismo “para fins de divulgação”. O artigo também enquadra como criminosa pessoas que produzem, vendem ou distribuem material que contenha símbolos nazistas e também as que utilizam publicações e meios de comunicação para disseminar as ideias do nazismo. Em caso de condenação, a pena é de multa e prisão de dois a cinco anos.

A declaração de Monark provocou uma revolta nas redes sociais, com internautas pressionando os patrocinadores do programa a se posicionarem Os termos “Flow”, “Monark” e “nazismo” apareceram entre os mais comentados do Twitter.

Coletivos judaicos, como o Instituto Brasil-Israel e o Judeus pela Democracia, também pressionaram patrocinadores para interromperem o financiamento do programa: “Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão”, postou o Judeus pela Democracia.

Após a repercussão, empresas associadas ao Flow Podcast usaram suas redes sociais para se distanciar do programa. Uma das mais cobradas, a Flash Brasil anunciou o encerramento do patrocínio. Marcas como Bis e Puma também repudiaram a declaração e se afastaram do programa.

No final de outubro, o Flow perdeu um de seus principais patrocinadores, o ifood, após observações de Monark serem interpretadas como uma relativização do racismo. Em um debate com o advogado Augusto de Arruda Botelho, Monark chegou a perguntar: “Ter uma opinião racista é crime?”.

Na época, o ifood divulgou nota afirmando que a empresa e Flow quase foram tragados pela “realidade tóxica da intolerância que, infelizmente, tem se incorporado ao nosso cotidiano” e pediu um reforço do “diálogo”. A relação comercial com o programa estava encerrada definitivamente desde então.

O Globo 

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