Zelensky se recusa a deixar Kiev

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No terceiro dia da invasão russa à Ucrânia, a capital do país, Kiev, se tornou palco principal do teatro de guerra. Um prédio foi atingido por um míssil, enquanto as forças de Vladimir Putin se aproximam do centro da cidade. Enquanto isso, presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que militares e civis seguem resistindo. Em vídeo publicado na madrugada deste sábado (26/2), no horário de Brasília, manhã em Kiev, ele negou rumores de que deixaria o país.

Nas imagens, Zelensky anda na frente do palácio presidencial e afirma que a cidade permanece sob controle ucraniano.

“Estou aqui. Não abaixaremos nossas armas. Vamos defender nosso Estado, porque nossas armas são nossa verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, nossas crianças – e nós vamos defender tudo isso”, disse.

Manhã de sábado em Kiev: presidente da Ucrânia posta vídeo em frente ao palácio presidencial e manda recado: “não abaixaremos nossas armas”.

Volodymyr Zelensky fez gravação para rebater rumores de que teria mandado o exército se render.

Mais cedo, o presidente ucraniano recusou a oferta dos Estados Unidos de resgatá-lo do país. A retirada de Zelensky teria como objetivo evitar que ele seja morto por militares russos, em pleno ataque para tomar a cidade desde sexta-feira (25/2).

Zelensky, porém, prefere continuar no cargo por enquanto, apesar do risco de vida. “De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado”, afirmou o presidente.

Informações do Washington Post levam a crer que os alertas estadunidenses sobre a segurança pessoal do líder ucraniano têm sido frequentes. Oficiais norte-americanos estariam aconselhando o Zelensky com dicas de proteção, como locais seguros para exercer o mandato presidencial.

Em janeiro, o governo britânico acusou Vladimir Putin, líder russo, de planejar substituir Zelensky por uma autoridade ucraniana favorável aos desejos do Kremlin.

Também nessa sexta, em pronunciamento gravado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que Kiev estava sob perigo de tomada pelos russos e fez um apelo: “Não podemos perder a capital”.

O mandatário ucraniano disse acreditar que os conflitos irão se acentuar. “O destino do país será decidido agora. Esta noite será mais difícil do que o dia. Muitas cidades do nosso estado estão sob ataque. Chernihiv, Sumy, Kharkiv, nossos meninos e meninas em Donbass, as cidades do sul, atenção especial a Kiev”, ponderou.

E repetiu: “Esta noite será a mais difícil. O inimigo vai com tudo. Devemos resistir. A noite será muito difícil, mas o pôr do sol virá”.

Explosões

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Ao longo da tarde, a violência voltou a aumentar. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, afirmou que ao menos cinco explosões foram ouvidas no local, que é o centro do poder ucraniano. Os disparos ocorreram em um espaço de 3 a 5 minutos.

“A situação agora, sem exagero, é ameaçadora para Kiev. À noite, perto da manhã, será muito difícil”, frisou Klitschko. Ainda de acordo com o prefeito, as explosões parecem vir de uma área próxima ao centro de distribuição de energia da cidade.

Metrópoles