Itamaraty tem rejeição interna à neutralidade do Brasil na guerra

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Diplomatas brasileiros têm se dividido nos últimos dias sobre se estaria ou não correta a posição adotada pelo governo em relação à guerra na Ucrânia. Em manifestações na ONU, o Brasil condenou a invasão, mas Jair Bolsonaro tem evitado se posicionar e criticar a Rússia.

Nos gabinetes do chanceler, Carlos França, e do embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, o posicionamento é considerado correto, sob o argumento de que o país deve ser “realista e priorizar os interesses estratégicos do Brasil”. Caso Bolsonaro se posicionasse contra a Rússia, França e Costa Filho avaliam que o Brasil perderia a “capacidade de mediar”.

Os críticos da postura brasileira observam que o Brasil não tem capacidade de mediar um conflito desse tamanho, ainda mais com a estatura que tem hoje no cenário internacional. Dizem que o Brasil, e o presidente inclusive, tem obrigação de se colocar contra a agressão de um país a outro e contra a violação do direito internacional. Diante disso, não seria mais hora de defender diálogo e falar em imparcialidade.

Metrópoles