Ribeiro estava andando incógnito para nã́o ser vaiado

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Pesaram na saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação os sinais de cansaço que o próprio auxiliar vinha dando. A interlocutores ele afirmou estar chateado e preocupado com o assédio que a família vinha sofrendo.

Ribeiro foi a Brasília no sábado (26) para conversar com o presidente antes do evento de lançamento da sua pré-candidatura à reeleição, para deixá-lo a vontade para decidir seu destino na pasta. O ministro viajou em voo comercial e foi visto no aeroporto usando óculos escuros, máscara e boné, que dificultavam que fosse reconhecido.

Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. (Photo by EVARISTO SA / AFP) ORG XMIT: ESA014 – AFP
Bolsonaro vinha resistindo em entregar a cabeça do auxiliar, apesar da pressão sofrida até por seu núcleo de campanha. Dizia que só o exoneraria caso aparecessem provas irrefutáveis de corrupção envolvendo diretamente Ribeiro. Na última quinta-feira (24), chegou a dizer que ‘bota a cara no fogo’ por Ribeiro. A sinalização do ministro mudou o cenário.

Ribeiro elaborou uma carta de demissão do cargo nesta segunda-feira (28), para tentar reduzir o desgaste do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O agora ex-ministro se tornou alvo de grande pressão após a revelação de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público.

A situação dele se agravou no último dia 21, após a revelação pela Folha de áudio em que Ribeiro afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton.

Folha de SP