Dirceu diz que França não deslacha e Haddad terá disputa dura

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Foto: Mateus Bonomi/Agif/AFP

Em reunião com petistas na noite desta segunda, José Dirceu disse que será um “grande desafio” para Fernando Haddad (PT) vencer a eleição para governador de São Paulo neste ano. Ele disse acreditar que o ex-prefeito da capital irá para o segundo turno, mas que a vitória dependeria de fatores que escapam ao controle dos petistas.

Dirceu afirmou que a chapa ideal ao Palácio dos Bandeirantes seria com Haddad como cabeça e um vice que apontasse para o interior do estado, cujos eleitores pendem atualmente mais para o bolsonarismo.

Para ele, Márcio França (PSB) não tem hoje as mesma condições eleitorais que teve em 2018, quando foi ao segundo turno contra João Doria (PSDB), e por isso o ex-governador deveria se candidatar ao Senado na chapa de Haddad.

“Eu quero lembrar: o Márcio foi para o segundo turno porque era governador de Estado. E foi numa situação que não é a de hoje. Nós não estamos em 2018. Estamos em 22”, disse.

O ex-ministro de Lula afirmou que com o eventual apoio de Guilherme Boulos (PSOL) a Haddad, o partido consolidaria “uma posição forte” na grande São Paulo, apesar de ter reconhecido que a campanha ainda precisa “ganhar materialidade”.

Ele mencionou também o aceno que João Doria (PSDB) fez no sentido de um eventual apoio a Lula num segundo turno contra Jair Bolsonaro e questionou sobre quem o governador Rodrigo Garcia (PSDB) apoiaria numa disputa entre o petismo e o bolsonarismo no segundo turno em São Paulo.

“Ir para o segundo turno nós temos grande chance. Vencer a eleição é um grande desafio. Vai depender muito do que fará aquele que não for pro segundo turno. Se for o Tarcísio [de Freitas], o que fará o Rodrigo Garcia e o Doria? Apoiarão o Haddad?”, disse ele em uma reunião do mandato do deputado Emídio de Souza.

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