Bolsonaro está preocupado com o clima… na Europa

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No Palácio do Planalto, o tom da nota oficial conjunta do Itamaraty e do Ministério do Meio Ambiente, divulgada ontem, na qual “o governo brasileiro se solidariza com os familiares das vítimas dos incêndios florestais e da onda de calor que atingem diversos países europeus nas últimas semanas”, foi visto como uma resposta (nada) sutil ao Velho Mundo.

Em 2020, por exemplo, em meio a mais uma onda de queimadas no Pantanal e na Amazônia, oito países europeus (Dinamarca, França, Holanda, Alemanha, Itália, Noruega, Reino Unido e Bélgica) enviaram uma carta ao vice Hamilton Mourão expressando preocupação com a degradação das florestas e do acelerado desmatamento da Amazônia.

Enquanto o governo brasileiro compraz-se em ser solidário com os incêndios alheios, o desmatamento na Amazônia bate recordes: em junho foi registrado o maior desmatamento para o mês desde 2015, de acordo com dados do Inpe. Também foi o pior resultado do ano em termos de área desmatada na região. Foram 1.120 km², uma área equivalente a dois terços da cidade de São Paulo.

Globo