Ampliada investigação contra agressor de Lula

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu mais 15 dias à Polícia Federal (PF) acerca do caso Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, conhecido como “Ivan ‘Papo Reto’”.

O bolsonarista foi preso em Belo Horizonte por ameaçar a vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de aliados políticos do petista e de ministros da Corte.

O investigado publicou um vídeo nas redes sociais na última quarta-feira (3/8), intitulado “7 de Setembro de 2022”. Nele, “Papo Reto” fala que Lula deve andar “armado até o talo porque ele e a direita vão caçar ele e Gleisi Hoffmann”.

O homem também ameaça o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) e diz que os ministros da Corte devem sair do Brasil.

Com isso, Moraes decretou a prisão dele na última segunda-feira (1/8). Enquanto isso, a PF investiga o autor dos ataques e ressalta que ainda são realizadas a perícia nos equipamentos apreendidos e a análise dos dados para colher elementos informativos.

O delegado Fábio Alvares Shor, da Polícia Federal, encaminhou o material com as ameaças para o STF adotar as diligências necessárias. A PF entendeu que a conduta “possui risco de gerar ações violentas, diretamente por Ivan Rejane ou por adesão de voluntários”, solicitou sua prisão temporária, a busca e apreensão e o bloqueio das redes sociais.

Alexandre de Moraes também determinou, além da prisão, a realização de busca e apreensão. A decisão foi dada no âmbito do “inquérito das fake news”, que tem o magistrado como relator. O ministro ressaltou que o homem atentou contra o Estado democrático.

“Como se vê, as manifestações, discursos de ódio e incitação à violência não se dirigiram somente a diversos Ministros da Corte, chamados pelos mais absurdos nomes, ofendidos pelas mais abjetas declarações, mas também se destinaram a corroer as estruturas do regime democrático e a estrutura do Estado de Direito, contendo, inclusive, ameaças a pessoas politicamente expostas em razão de seu posicionamento político contrário no espectro ideológico”, escreveu Moraes.

Correio Braziliense