Dono da Rede TV critica atos pela democracia

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Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhou um vídeo onde o sócio- fundador da Rede TV! Marcelo de Carvalho rebate as cartas pela democracia lidas nesta quinta-feira na Faculdade de Direito da USP. Em sua publicação, o empresário se diz defensor do regime democrático, mas tenta justificar a sua não aderência ao movimento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e entidades.

— Ser a favor da democracia pra mim, finalmente, é ser contra a qualquer processo de escolha dos nossos representantes direto, claro e transparente. Se vocês também são a favor da democracia, mas são contra tudo que elenquei, faz o seguinte, pode mandar a carta pra mim. Eu assino na hora — afirmou Carvalho.

Ao compartilhar o vídeo, o filho do presidente apoiou o discurso do empresário e escreveu: “É isso”. Marcelo de Carvalho, em uma postagem anterior, já havia divulgado o documento elaborado por apoiadores de Jair Bolsonaro para contrapor as cartas da UPS e da Fiesp.

O próprio presidente criticou em suas redes as cartas em apoio à democracia. Na publicação, Bolsonaro chamou o evento na USP de “micareta do PT”.

“Acredito que a “carta pela democracia”, que foi lida na micareta do PT, teve algumas de suas páginas rasgadas, principalmente nas partes em que deveriam repudiar o apoio, inclusive financeiro, a ditaduras como Cuba, Nicarágua e Venezuela, bem como o controle da mídia/internet. Do contrário, assinar uma carta pela democracia enquanto apoia regimes que a desprezam e atacam os seus pilares tem a mesma relevância que uma carta contra as drogas assinada pelo Zé Pequeno, ou um manifesto em defesa das mulheres assinado pelo Maníaco do Parque”, escreveu o presidente.

 

Carlos Bolsonaro, filho do presidente, também citou a Constituição Federal ao comentar a carta lida na Faculdade de Direito da USP.

Publicação de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, durante leitura de carta na Faculdade de Direito da USP — Foto: Reprodução

“Tenho uma dúvida: se existe a Constituição que é a Carta a ser seguida e alguns seres supraconstitucionais as rasgam todos os dias, essa carta é um recado a esses seres? Eu tô ficando “cafuso”!, escreveu o vereador.

Também filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que dava uma entrevista para a Rádio Grande FM, do Mato Grosso do Sul, no mesmo horário dos atos, diminuiu a importância das cartas em sua fala, mas afirmou não ter lido os documentos.

— Essa carta é inócua. Eu não preciso nem ler a carta porque eu já sei como é que é. Ela foi feita pela USP e foi lida por artistas. É uma carta política, uma carta de apoio ao Lula. Não é uma carta de defesa da democracia — afirmou o parlamentar.

O Globo