Aras promete sair da paralisia

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime sobre os atos de vandalismo ocorridos no prédio do Congresso Nacional, em 8 de janeiro, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao receber o documento em mãos, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se comprometeu em tomar, até sexta-feira, “todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais” para apurar o caso, punir os responsáveis e impedir que os atos se repitam.

Lira enfatizou ao PGR que a investigação deve ser rigorosa. Ele colocou à disposição de Aras uma equipe da própria Câmara para auxiliar no trabalho, fornecendo vídeos, laudos periciais e outros materiais que possam servir como provas contra os invasores. “Esperamos que o Ministério Público cumpra o seu papel e promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa dos atentados sofridos pelas instituições”, disse o deputado.

Segundo a PGR, já há ações penais em curso contra parte dos envolvidos nos atos de vandalismo, e o material entregue por Lira deve resultar em novos pedidos de abertura de inquérito ou mesmo apresentação imediata de denúncias. Até o momento, foram solicitados sete inquéritos, inclusive contra autoridades públicas, como o governador afastado do Distrito Federal (DF) Ibaneis Rocha e o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, que antes era ministro da Justiça de Bolsonaro.

Aras disse a Lira, ainda, que “a orientação é para que haja agilidade nas apurações”, que envolvem quatro núcleos: o dos agentes públicos, o dos financiadores, o dos mandantes/instigadores e o dos executores.

A PGR informou, mais cedo, que cerca de 800 pessoas detidas em flagrante durante os ataques aos prédios históricos já passaram por audiências de custódia. “O principal objetivo do procedimento é avaliar as condições das prisões, que têm sido mantidas após as audiências”, diz o órgão.

Valor