Advogado pitbull de Bolsonaro será demitido
Igor Estrela / Metropoles
Advogado da família Bolsonaro, o controverso Frederick Wassef está longe de ser o preferido dos aliados do ex-presidente para atuar na sua defesa agora que os processos contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) desceram para a primeira instância.
Wassef é considerado um “desastre” pelos bolsonaristas e sua atuação nos casos envolvendo o presidente e seus filhos é muito criticada.
Agora que perdeu o foro privilegiado, Bolsonaro não será mais julgado pelo STF. Os ministros da Corte determinaram o envio de pelo menos dez pedidos de investigação contra o ex-presidente. Oito dessas decisões foram da lavra da ministra Cármen Lúcia.
As acusações variam de motociata ao lado do foragido Allan dos Santos, nos Estados Unidos, a declarações de cunho golpista feitas por Bolsonaro.
Mas, além desses pedidos de investigação e de outras ações já em curso na primeira instância, a preocupação é com as acusações de envolvimento de Bolsonaro nos atos antidemocráticos.
O partido de Bolsonaro, o PL, deverá ajudar no pagamento de advogados a serem contratados na defesa do ex-presidente. A ideia é montar uma equipe, chefiada por alguém experiente e com trânsito na Justiça, tudo que Wassef não tem.
Mesmo tendo sido candidato a deputado federal pelo PL em São Paulo ano passado, Wassef não tem a simpatia do presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto. O desempenho do advogado nas urnas, a propósito, foi pífio. Obteve apenas 3.628 votos. Passou muito longe de ser eleito.